segunda-feira, 22 de julho de 2019

OLHÃO/FARO: MUITA CACA, POUCA PRODUÇÃO!

Já foram publicadas as analises à contaminação microbiológica feitas pelo IPMA no mês de Junho, na Ria formosa cujos resultados não são nada abonatórios, pelo contrario bem elucidativos de quanto  são maltratados os efluentes.
Procurando estabelecer a relação causa/efeito dos níveis de poluição das aguas da Ria Formosa fomos também consultar a monitorização da Aguas do Algarve, mas qual não é o nosso espanto quando os últimos resultados remontam ao ano de 2015 e até mesmo esses com omissões indiciadoras das más práticas da empresa na qualidade do efluente tratado.
Não podemos nem devemos omitir as responsabilidades que cabem aos Serviços Desconcentrados da Agência Portuguesa do Ambiente, a ARH Algarve, que tem a obrigação de acompanhar e fiscalizar a monitorização. 
Bem sabemos que a Aguas do Algarve é um empresa publica, cujo conselho de administração é de nomeação política que teve até 2015 um traste de nome Carlos Martins, actual secretário de estado do mau ambiente.
Também a presidência da ARH foi entregue a um homem de confiança do governo dito socialista, que por inerência do cargo também preside à Polis Ria Formosa, percebendo-se por isso a teia de cumplicidades com vista a apresentação da melhor imagem política de quem governa.
Que se lixem os que precisam e dependem desta canalha!
Durante o mês de Junho foram feitas por parte do IPMA duas recolhas de amostras com vista à monitorização da contaminação microbiológica das aguas da Ria e que revelam que vamos de mal a pior. Não basta bater palmas, gastar dinheiro dos contribuintes, para que as condições fiquem piores.
Da primeira recolha constatamos que na designada zona Olhão 3 os resultados apresentavam 14.000 nos Lombinhos, 17.000 no Costado Joana Antónia, 4.900 nos Areais, 35.000 no Ilhote Negro, 7.900 Ilhote Negro Nascente da ETAR e com Olhão 4 Poente da ETAR a apresentar 17.000; a segunda monitorização nos mesmos sítios apresenta respectivamente 4.900, 35.000, 2.300, 92.000, 1.100 e 920.
Para aqueles que não sabem onde se situam todas estes sítios, podemos dizer que vão desde a frente do estaleiro, a nascente de Olhão, toda a frente ribeirinha de Olhão e vão para lá da ETAR.
Significa isto que numa distancia de quase dois quilómetros por quatrocentos metros de largura, as aguas da Ria Formosa estão fortemente contaminadas de origem fecal e agora já não existem vacarias ou suiniculturas para servir de desculpa. Esta contaminação fecal é de origem humana!
Porque a "excelente" qualidade da nova ETAR e dos esgotos directos, bem se pode dizer quem em Faro e Olhão se caga muito mas pouca ameijoa se pode apanhar!
Será que o presidente da câmara nada tem a dizer sobre isto? 

2 comentários:

Anónimo disse...

Tudo entregue a leais cães de fila, uns mais soft outros menos. Alguns conhecidos, caso para dizer: quem diria que vendessem a digna independência.

Anónimo disse...

Só um comentário?
É muito pouco!