É um assunto que se comenta à mesa dos cafés para o qual não há uma resposta por parte das entidades publicas, pelo contrario, da mesma forma que não há qualquer movimentação ou organização para combater a crise na habitação.
A propriedade não é um bem absoluto, tendo uma função social que cabe ao Poder político regular por forma a acautelar um direito constitucional e proteger o cidadão que necessita de uma casa.
Bem se pode desculpar, o governo, com a Lei Cristas mas a verdade é que as leis fazem-se e desfazem-se pelos actores, e que actores que eles são, políticos.
Com um salário mínimo de 600,00 euros é impossível pagar uma renda de igual valor, mas é aquilo que constatamos no dia-a-dia. em Olhão e no resto do País. Só que aqui, os próprios serviços sociais da autarquia não encontrando outra resposta sugerem como alternativa a quem precise de uma casa para dar guarida à família, o aluguer de uma ao preço citado!
Nos últimos anos, particularmente depois da eleição de António Pina para presidente da câmara, e com toda a publicidade e promoção da cidade, e a incontida ganancia de senhorios, as rendas de casa não param de subir, tornando-se incomportáveis.
A preocupação da autarquia tem sido privilegiar a construção de casas para segunda habitação, promovendo a especulação imobiliária, esquecendo por completo a necessidade da construção de primeira habitação. Não faz nem deixa fazer, a não ser que daí resulte o enriquecimento de alguma amigo ou camarada.
Os olhanenses são enxotados para os guetos da periferia, acumulando-se em casas de família, sem que vislumbrem um futuro decente para os seus sucessores. Daqui a pouco, os olhanenses, vão viver como refugiados ou emigrantes de países asiáticos, apenas faltando pagar salários ainda mais baixos do que os de miséria que já recebem.
Não se vê no Costa qualquer intenção de fazer crescer os salários para níveis mais elevados, nem se vê uma política de solos que permita a construção de casas de primeira habitação e de rendas acessíveis, sendo esta ultima, uma responsabilidade das autarquias.
Se António Pina se preocupasse mais com os residentes do que com os visitantes, desenvolveria outro tipo de políticas, procurando dar respostas às necessidades dos olhanenses, mas mais guloso pelo dinheiro do que macaco por bananas, prefere a construção de apartamentos de luxo, onde a grande maioria da população não pode entrar.
Continuem a bater-lhe palmas e não se juntem, não se organizem para questionar a autarquia e depois verão o que o futuro lhes reserva!
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