Não é de agora que vemos a aposta na publicidade como forma de desvirtuar a realidade da nossa terra. Para isso, a câmara municipal de Olhão aposta forte e feio na contratação de publicitários. Só que às vezes as coisas não correm como se pretende ali para as bandas do Largo Sebastião Martins Mestre.
Comecemos pelo novo contrato com a menina Jady Mikaelly Batista, que nos anos anteriores era feito directamente em seu nome, mas que por força do Código dos Contratos Publicos tinha atingido o limiar previsto para a prestação de serviços, na modalidade de ajuste directo. Pelo procedimento de consulta prévia, a autarquia estaria obrigada a convidar três entidades, o que não convinha porque o objectivo era, e é, alimentar a menina. Assim, ela criou uma sociedade unipessoal para proceder ao novo contrato de quinze mil euros, acrescidos de IVA, por mais dez meses. Claro que o objecto do contrato é a prestação de serviços de marketing, que fazem uma falta tremenda na ajuda na resolução dos problemas da cidade.
Nos últimos dias, a câmara municipal de Olhão tem vindo a anunciar a exibição de um filme no Auditório Municipal de nome Cavalos de Guerra, um documentário sobre o cavalo marinho. Não se diz é que a produção daquele filme custou ao Município 39.000,00 euros acrescidos de IVA. Claro que em principio questionaríamos a necessidade do filme, se ele não retratasse o problema do declínio do cavalo marinho, mas felizmente que o faz e de forma, sem apontar o dedo acusador, mas que vai dirigido às entidades publicas.
No filme, o biólogo que o faz, ainda que aponte o dedo a artes de pesca proibidas, particularmente da ganchorra, aponta como causas do declínio factores como a poluição ou o impacto da náutica de recreio, algo que há muito denunciamos, mas sempre negado por quem tem a responsabilidade de gerir estas situações.
Começado a ser rodado em Abril passado, já depois da entrada em funcionamento da nova "excelente ETAR" que pelos vistos não é tão eficaz quanto se dizia, mas quer serviu para calar a boca de alguns contestatários que não a nós.
Não se diz, mas quando se fala de poluição em Olhão, logo vemos os esgotos directos, no Porto de Pesca, junto ao Cais T, no Porto de Recreio, a quem a máfia política fecha os olhos, como se não existisse.
Quanto à náutica de recreio, sempre dissemos o impacto das hélices e dos ferros sobre as pradarias marinhas, algo que as entidades publicas fingem não saber, embora a sociedade Polis tivesse apresentado a intenção de elaborar o estudo sobre a capacidade de carga do tráfego marítimo na Ria Formosa, estudo que nunca foi feito, porque poderia colocar em causa um sector com forte peso no turismo, actividade elevada a eixo essencial do desenvolvimento mas que nada contribui para a melhoria das condições de vida das pessoas na Ria.
Julgava o Pina que o seu filme lhe era favorável, ou pelo menos tenta apresenta-lo como tal, mas parece que as noticias não são as melhores. Anda, anda e à própria da hora ainda vai proibir a exibição do filme.
1 comentário:
Dgrm compactua com poluicao na ria pois apos ter acesso aos pontos negros da ria. Esgotos etc. Em vez de acabar com eles quer acabar com os viveiros.
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