Segundo o comunicado do IPMA, datado de ontem, 6 de Março, continua proibida a apanha de conquilha a sul de Lisboa, como se pode ver em https://api.ipma.pt/public-data/snmb_bulletins/0342020-ci_snmb-06_03_2020.pdf .
Entretanto saiu um despacho que dá aos pescadores da ganchorra a possibilidade de terem acesso ao subsidio por razões de saúde publica e que pode ir até aos noventa dias. Esta é uma situação que não serve a ninguém que vive desta actividade mas serve ao poder politico para conter qualquer manifestação de contestação. Vejam lá que até somos bonzinhos, ainda lhes pagamos 90 dias!
No ano que passou, o historial de interdições por razões de saúde publica ( biotoxinas) atingiu os oito meses e pelo caminho que as coisas estão tomando este ano não será muito diferente, Os ciclos de presença de toxinas são cada vez mais e maiores e não será com meia dúzia de tostões que estes trabalhadores vão viver o ano inteiro.
Por outro lado quando se invoca o risco para a saúde publica apenas direcionado aos pescadores que não à comercialização algo vai mal no reino, ou seja andam a tapar o sol com a peneira. Quem trabalha (não pode) mas quem vive do trabalho de terceiros já pode.
Claro que o que se esconde por detrás disto é a tentativa de, pelo cansaço, fazer os pescadores da ganchorra a mudar de actividade. Os motores fazem muito barulho e podem incomodar o turista, que não tem qualquer problema em comer as conquilhas e não vão ter nenhum ataque de caganeira.
Como é tão bom ter a conquilha no prato!
Sem comentários:
Enviar um comentário