quarta-feira, 11 de março de 2020

OLHÃO: PROSSEGUE A FARSA CONTRATUAL

A Câmara Municipal de Olhão prossegue a sua cruzada contratual, celebrando os contratos mais esquisitos, perante a passividade da população, indiferente à forma como são gastos os dinheiros públicos extorquidos aos munícipes.
Desta vez, contratou a AOPP - Associação Oficina de Planeamento e Participação, uma associação sem fins lucrativos, criada a 7 de Outubro passado e com sede na urbanização Sporting Clube Olhanense, Rua da Feira em Olhão.
O valor do contrato é de 19.895,00 euros e tem a validade de dez meses, e as suas duas dirigentes são as únicas detentoras do controlo da entidade, segundo reza o acto de criação da sociedade.
Destina-se o contrato, que pode ser visto em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/792488, à aquisição de serviços para elaboração do Diagnostico Social e do Plano de Desenvolvimento Social do concelho de Olhão.
Até pelo curto tempo de existência, não se vê qual a experiencia ou habilitação profissional ou académica  dos membros da associação para a elaboração do serviço requisitado, mais parecendo tratar-se de um contrato para assegurar desde logo o pagamento das rendas da sede da associação, até porque de acordo com os seus estatutos, não tem fins lucrativos. Mas até nisso, verificamos que a morada da sede da associação é o domicilio da sua presidente. Coincidências!
Mas por melhores que fossem as indicações, resta saber que fazem os serviços sociais da autarquia. dotados de quadros técnicos superiores capazes de realizar semelhante diagnostico e melhor ainda elaborar o Plano de Acção.
Por outro lado, é curioso ver a que objectivos se propõe a dita associação, como se pode ler nos seus estatutos em file:///C:/Users/admin/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState/Downloads/Digitalizar_2019_10_07_16_59_01_180%20(5).pdf.
Se tivermos em conta aquilo que tem sido o posicionamento da autarquia ao longo dos anos, o que nos parece, é que estamos perante mais uma associação, que ao celebrar o presente contrato, automaticamente fica como que "vendida" ao poder local, à semelhança daquele deputado municipal, que a troco de um subsidio, vota de forma diversa da sua bancada, as deliberações submetidas à assembleia municipal.
Isto é que vai uma farsa!

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