segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

RIA FORMOSA: QUEM BRANQUEIA OS CRIMES NA RIA?

 A semana que findou foi farta em noticias sobre o cavalo-marinho, com a revista Visão a publicar um extenso artigo que mais parece uma operação de branqueamento dos crimes cometidos na Ria Formosa e que pode ser lido em https://visao.sapo.pt/especiais/oceano-de-esperanca/2021-02-19-em-contrarrelogio-para-salvar-os-cavalos-marinhos-da-ria-formosa/ .
Dada a extensão do texto retirámos apenas uma pequena parte, a qual transformámos na imagem que se segue

Estas declarações merecem-nos alguns comentários, desde logo porque quando se fala de sustentabilidade temos deter em conta não só a questão ambiental mas também as vertentes económica e social, aspectos nunca focados, o que não acontece por acaso com o CCMAR a fazer o papel de fundamentalista ambiental.
Nós também defendemos a necessidade de preservação do cavalo-marinho tal como defendemos a preservação da grande maternidade piscicola que era a Ria Formosa e está em vias de deixar de o ser com muitas responsabilidades do CCMAR.
Se em 2001 a colónia de cavalos-marinhos tinha cerca de dois milhões de indivíduos, em 2007 já só existiam cerca de trezentos mil, e nesse período não havia o tráfico deste peixe para a Asia nem o caranguejo azul ou a caulerpa prolifera, tudo coisas que apareceram já depois de 2010, havendo relatos que atribui a responsabilidade da Caulerpa prolifera ao próprio CCMAR.
Vir atirar responsabilidades, para cima dos pescadores, por causa da captura ilegal do cavalo-marinho com base numa apreensão e não várias como se insinua feita em 2016, faz parte de um plano mais vasto que vida acabar com as actividades tradicionais da Ria.
A questão é que o cavalo-marinho vivia em comunidade porque o seu habitat natural, a seba, assim o determinava, seba essa que se foi perdendo com o  desenvolvimento turistico promovido na Ria. Mas sobre isso não pode o CCMAR falar sob pena de perder o acesso a subsidios e bolsas.
Com o fluxo turistico há excesso de barcos e nunca vimos o CCMAR pronunciar-se sobre a necessidade de um estudo sério sobre a capacidade de carga do trafego maritimo na Ria Formosa, situação que chegou a ser ponderada pela POLIS, porque mais uma vez se o fizessem, a desenvolver restrições, seria a pesca a sofrer as consequências e isso trazia outro tipo de problemas; impor restrições à nautica de recreio é que nem pensar! 
 
 



 
 
E por isso o CCMAR limita-se a dizer que há excesso de barcos, e que alguns fundeiam em zonas de pradarias marinhas e destroem o habitado cavalo-marinho. A partir daí calam-se a boca.
Os cavalheiros do CCMAR sabem o que diz o POOC Vilamoura-Vila Real de Sº António sobre essa matéria e se não sabem deviam saber.

Vejamos então o que nos diz o POOC, artigo 26º. O canal a que se refere como zona de fundeadouro onde existem pradarias marinhas, é o canal da Culatra até à Armona, onde são avistadas mais de uma centena de embarcações fundeadas, todas elas com dimensões que o POOC não permite a navegabilidade por se tratar de um canal secundário. Então e como vão para lá? De helicóptero?
Claro que os cavalheiros que dizem defender o cavalo-marinho ficam calados, nem pressionam as entidades com responsabilidades para acabar com aquela bagunça. Para isso já não se pressiona a Policia Maritima. Depois vêm com as câmaras de video-vigilância para perseguir quem anda a trabalhar mas não perseguem quem destrói o habitat do cavalo-marinho. Mas que grandes defensores, estes! 
Só quem não pode ou não deve ser defendido são os pescadores. Tenham dó!

2 comentários:

Anónimo disse...

Que são uns corruptos já toda a gente sabe, até o sr. cinco mil já comprou um barquinho que custou 50,000 notas cash que põe na marina de Olhao de borla benesse do sr. diretor Pala Pala, e também vai fundear na zona de proteção do cavalo marinho. Estranho esse sr. cinco mil há quatro estava cheio de fome em Faro a vender cadeiras usadas, de repente tem mercedes novo, moradia na rua Carlos da Maia n10 e barquinho novo, está a ganhar muito bem, pelo visto a pandemia não o afetou.

Anónimo disse...

A policia marítima fiscaliza só o que quer, excesso de velocidade á entrada e saída da marina e porto de pesca fecham os olhos até acontecer um acidente onde alguém perca a vida