domingo, 22 de agosto de 2021

OLHÃO: ECOVIA ALTERADA, AMBIENTE DEGRADADO!

 Na passada sexta-feira, a câmara municipal de Olhão,celebrou um contrato com uma empresa para elaboração da alteração do traçado da ecovia entre Bias e a passagem de nivel junto ao parque de campismo, conforme se pode ler em https://www.base.gov.pt/Base4/pt/detalhe/?type=contratos&id=7805789.
Como se sabe,o traçado passava por uma propriedade privada e mandaria o bom senso que a autarquia tivesse o cuidado de contactar o proprietário para com ele negociar o direito de passagem, mas também já sabemos que o nosso amigo Pina não prima pelo bom senso, assumindo-se cada vez mais comoum individuo prepotente, um pequeno ditador, que julga poder fazer tudo e que ninguem lhe oferecerá resistencia. Enganou-se, e vê-se obrigado a alterar o projecto.
Porque falamos de uma ecovia, lembramos que elas são feitas com recurso a materiais menos agressivos para o ambiente. Não é o caso deste troço, mas do outro, que como há dias atrás escreviamos, passa junto à antiga ETAR poente de Olhão, às instalações da Necton e ainda pelas salinas do Grelha, razões mais que suficientes para duvidar das verdadeiras intenções do projecto.
A Necton é uma empresa que se dedica, há anos, à produção de sal marinho, flor de sal e algas marinhas, apesar de estar ligada paredes meias com a antiga ETAR. Não fosse uma empresa protegida pelo regime e muito provavelmente estaria proibida de parte da produção, já que de acordo com a lei teria de distar mais de quinhentos metros.
Na semana que findou também foi noticiaque iriam ser criadas pequenas ilhas para a nidificação de passarinhos, no interior de ETAR e nas caldeiras de salinas. Dirão estes ambientalistas protectores que é para a protecção de espécies, quando sempre foi dito que a vegetação nas paredes das salinas devia ser protegida porque servia de abrigo à nidicação. Já o presidente de um clube de futebol dizia que oque hoje é verdade, amanhã é mentira! Não virá a seguir a indicação e exploração daqueles locais para avistamento de aves, ou seja, mais turismo.
Porque a visão turistica não deixa de estar presente no pensamento dos carreiristas politicos instalados no poder, até as caldeiras das salinas vão cumprir esse designio, tranformando-os no "mar morto". Como todos sabem ou seria suposto saberem, a agua presente nas caldeiras vai sendo transferida de tanque em tanque, à medida que aumenta a densidade da agua, fruto da evaporação da agua o que induz à concentração de sal. É essa concentração salina que dá a sensação de se estar no "mar morto". Então ascaldeiras são "eleitas" à condição de enormes piscinas, cuja utilização é paga. Mais umfim turistico! 
Não foi por acaso que este troço da "ecovia" foi alcatroado. Mas que rica ecovia!
Tudo isto em zona de Parque Natural da Ria Formosa, Sitio de Interesse Comunitário, Zona de Protecção Especial, Rede Natura 2000. Porque se trata de exploração turistica, a presençahumana jánão faz pressão nem provoca o stress das aves.
Quem diria!

1 comentário:

Rui Simeão disse...

Quinhentos Quinhentos metros SE HOUVER ANÁLISES PERIÓDICAS, QUE INDIQUE QUE NÃO Haver LIBERTAÇÃO DE POLUENTES, mas no caso de Olhão Desde onde começam nde começam os 45 000 coliformes em 100gramas, ANALISES DA AUTIORIDAdE QUE FISCALIZA, E ATÉ ONDE CHEGA ESSES POLUENTE, PERMANENTE??? DE QUE SE ABASTECEM ESSAS SALINAS TODAS AO REDOR DO ETARE QUE VAI TUDO PARA OS MESMOS MONTES DE SAL, uns para higienizar??? ou no melhor todos ...?? e ate onde chega essa poluição?????