A Ria Formosa é um ecosistema que servia de maternidade/berçário de espécies piscicolas de valor acrescentado para alem da produção de bivalves. Pela sua importância económica e social deve ser protegida dos impactos negativos, que não são apenas a poluição.
Quanto maior for a pressão humana mais se degrada o ecosistema, sendo que nos ultimos anos a aposta tem passado pelo aumento do numero de pessoas nas suas margens, fazendo-se a apologia da Ria sem medir as consequências. Quem mais promove são as autarquias, de que a de Olhão é um péssimo exemplo, mas também os exploradores turisticos para quem a ganancia se sobrepõe à protecção ambiental de qualquer ecosistema.
Como se não bastasse a pressão humana e o resultado dela, surgiu nos ultimos dez anos mais uma peste de que todos têm conhecimento mas que todos se recusão a falar e que seria interessante colocar na agenda eleitoral, se é que defendem realmente a Ria.
Falamos da Caulerpa Prolifera, uma alga que surgiu (desculpem o erro, foi descoberta) por obra e graça de um divino CCMAR apadrinhado pela defunta sociedade Polis Litoral da Ria Formosa, com ambos a defender a sua preservação.
Como consequência, a alga exótica, invasora, infestante tem alastrado a toda a Ria, destruindo a seba, onde se refugiavam as espécies para se protegerem dos predadores. Falam no cavalo marinho mas omitem todas as outras espécies porque têm um objectivo, correr com os pescadores. Para que a destruição de habitats e sua substituição mais rapida, nada melhor que os ferros dos iates que fundeiam ilegalmente junto à Culatra-Ria.
O canal entre a Culatra e a Armona foi classificado pelo POOC como canal secundário, onde só podem navegar barcos a motor até nove metros. Então como foram ali parar estes? De helicoptero? E que dizer da Policia Maritima, com grandes preocupações ambientais, eque persegue quem anda a trabalhar mas não conseguem depois enxergar isto?
Os ferros destes iates arrancam a caulerpa e deixam-na deslocar-se para outros lados, contribuindo para a sua expansão.
As autoridades como o Parque Natural da Ria Formosa, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, a UALGe o CCMAR, as autarquias, em especial a de Olhão nada fazem para combater esta praga, porque estão desejando correr com os produtores de ameijoa para a substituir pela produção de ostras.
Pina no seu melhor! E o que tem a dizer a oposição?
2 comentários:
Senhor Presidente da JUMTA DE FREGUESIA DE OLHÃO,os assentos na Praceta Agadir, são uma necessidade.Nao repare só nos interesses dos proprietários dos "cafés"
Todos temos olhos para ver,o que se está a passar...
E o compadrio em todo seu esplendor.Simplesmente vergonhoso...
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