O negacionismo é fruto da negação da verdade comprovada pelo que um Poder negacionista será aquele que usa da mentira, da omissão e da falta de transparencia e isenção nas decisões, contando com a cumplicidade de entidades que pelo seu estatuto, deveriam ter uma postura critica em relação a determinadas questões.
Vem sito a propósito da poluição na Ria Formosa e das declarações do prresidente da câmara, um verdadeiro negacionista nesta matéria, dado que sempre que se fala nela, desmente a situação real, particularmente no que à desclassificação da Zona Olhão 3 diz respeito.
Como se sabe Zona Olhão 3 vai desde a ETAR Nascente, ou do estaleiro como queiram, até à Ribeira de Bela Mandil, abarcando toda a frente de mar de Olhão, na qual se inclui o Ilhote Negro, constituindo aquela que era a maior zona de produção de bivalves.
Negaram apesar dos resultados analiticos feitos por eles, a câmara, a Aguas do Algarve e a APA que a antiga ETAR Poente de Olhão estivesse a funcionat mal mas tiveram que construir uma nova,que recebe os efluentes de Faro-Olhão e S. Braz de Alportel.
Com a nova ETAR era suposto que houvesse uma melhoria da situação na Zona Olhão 3, mas continua tudo na mesma. A ultima analise efectuada aos bivalves daquela zona remonta a Fevereiro deste ano, há seis meses atrás, e os resultados vêm mosrar que nunca mais aquela zona será aberta à produção de bivalves, apresentando 17.000 ecoli por 100 gramas de carne.
A entidade a quem cabe fazer as analises, já nem apresenta resultados do Costado Joana Antónia, que eram por norma os mais elevados. Claro que o Costado Joana Antónia fica em frente da entrada do porto de pesca e é banhado pelas aguas da Etar Nascente, das descargas feitas no esgoto, supostamente uma linha de agua, do topo norte do porto, e ainda pelo esgoto junto ao Cais T.
Para não falar dos outros, basta vermos as descargas que diariamente são feitas junto T, que apesar de tãoevidentes continuam a ser negadas pela autarquia.
Nada disto é negacionismo! É tudo uma mentira de quem ousa remar contra a maré, dizem eles e os seus apoiantes.
Nada neste País funciona e por mais evidências que se apresentem, as entidades que deveriam dizer a verdade para corrigir o que está mal, tornam-se cumplices deste Poder, do qual fazem parte e recebem uma fatia gorda do bolo.
Todos nós queremos uma cidade e uma Ria melhor, mas divergimos quanto ao caminho a seguir, porque a verdade incomoda os interesses instalados.
Enquanto não correrem com todos aqueles que sempre trabalharam e viveram na Ria, aonde foram buscar os rendimentos, que passaram ao longo de gerações familiares, não descansam. Novos donos se promovem.
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