Se considerarmos que as portas abrem ao público das 13 h às 19 h e só aos dias de semana (porque na opinião sábia de Francisco Leal as pessoas aproveitam o fim de semana para ir para a praia), então a biblioteca está a funcionar.
Depois de uma visita ao edifício o que vejo na realidade, é um edifício mal restaurado, com materiais que não têm a ver com os que existiam no antigo hospital. Fizeram de um restauro um edifício novo, criando inclusive uma cave que era inexistente no hospital antigo? O dinheiro é coisa que não falta nesta autarquia, pelo menos para obras de fachada e de orçamentos duvidosos.
No que respeita à biblioteca em si, o mais importante são os livros e esses praticamente não existem, são meia dúzia de prateleiras com alguns livros velhos da antiga biblioteca.
Não compraram livros? Estão comprados e não estão inventariados? Há muita gente em Olhão que tem mais livros em casa do que a Biblioteca Municipal! Enquanto a antiga Biblioteca pertenceu à Gulbenkian o seu fundo documental era renovado periodicamente e sem falhas. A partir do momento em que a Biblioteca passou para a responsabilidade da C.M.O. (já há mais de 10 anos), raramente foram adquiridos livros novos (para não falar já de outro tipo de fundo documental).
Outra lacuna, na minha maneira de ver, é do espaço para as crianças. Acho que foi mal pensado! Não seria mais fácil e seguro criar o espaço infantil e a Ludoteca no rés-de-chão? Um espaço para crianças no 1º andar vai acarretar outras necessidades de segurança a ser pagos por nós (protecções, mais pessoal a cuidar, …).
Na cave criaram uma sala, que é uma bela sala, com galeria para exposições e auditório para 250 pessoas.
Sou de opinião que, mais uma vez, as obras da CMO são feitas ao acaso e conforme lhes dá na real gana, sem pensar nas necessidades do concelho nem em rentabilizar os espaços que já se criaram.
Neste momento Olhão tem 4 auditórios (1 junto à Escola Secundária, 1 na Quinta de Marim que é excelente, 1 no IPIMAR que é bom, 1 na Biblioteca) a caminho dos 5 (com o novo na antiga fábrica Ramires). A actividade cultural dinamizada em Olhão é tanta, que estes auditórios estiveram nos últimos anos praticamente votados ao abandono. Será que vi acontecer o mesmo com os novos?
Agora com o espaço de informática da Biblioteca, será que o espaço de informática, a funcionar na antiga Casa Pires, vai continuar alugado pela CMO e vai continuar aberto ao público? Se assim for não se percebe a politica de contenção de despesas que pedem aos cidadãos para depois o governo e as autarquias esbanjarem o nosso dinheiro a torto e a direito.
10 comentários:
De facto estas obras destruiram o antigo pátio central, muito mais bonito e autêntico, e substituiram-no por um novo pátio central sem alma, frio e sem razão aparente...
Quanto aos livros... a sua ausência é gritante!
Chegou-me aos ouvidos uma história que não posso confirmar: a CMO ter-se-ia esquecido de se candidatar nos prazos certos a fundos para a compra de livros pelo que ainda não os tem!
Chegou-me também aos ouvidos uma história que já posso confirmar: o intelectual Vitoriano Rosa que morreu há pouco tempo gostaria de ter doado a sua riquíssima biblioteca a Olhão mas nem a CMO se interessa pelo assunto nem Vitoriano Rosa teve uma boa relação com esta CMO. Assim, provavelemnte todo este espólio irá para a biblioteca da Universidade do algarve e uma parte sobre cinema será utilizada pelo cineclube de Faro!! É assim que Olhão vai perdendo irremediavelmente para outros...
António
o mais importanta numa biblioteca são os livros,e estes pura e simplesmente não existem na biblioteca agora inaugurada.
Mas não é de admirar o que Francisco Leal pretendia era inaugurar o edificio,com anos de atraso em relação ao que estava previsto.Mas não é de admirar pois ainda há menos de um mês, o edificio não tinha a vistoria dos Bombeiros ,e andavam a procura do empriteiro ,e dos sub-empreiteiros para virem acabar as obras ,que faltavam para essas vistorias serem feitas.
No que respeita ao prazo de candidatura para a compra dos livros tambem ouvi essa versão. Agora deixarem perder uma doação de um espólio, como a de Vitoriano Rosa
é mesmo de quem não se interresa pela cultura para as nossas gentes,
mas a isso já nós estamos habituados.
Menino dos Olhos Grandes.
É bom e necessário que a nova Biblioteca MO seja discutida.
Hoje temos uma realidade que é: está construído um edifício, que a Câmara de Olhão destinou a Biblioteca Municipal, que tem as portas abertas num horário mas ainda não é biblioteca.
É, hoje, ultrapassada a questão de que no antigo hospital deveria ser transformado numa unidade de apoio ou assistência à 3ª idade, ou outra do género. Não foi. Não fomos chamados a dar opinião e foi decidido à moda do: quero, posso e só eu o F.Leal mando.
Estamos perante um edifício, destinado a uma biblioteca com o espaço de utilização para a função totalmente novo, com uma arquitectura interior e em sintonia com os actuais conceitos do que devem ser as modernas bibliotecas. O actual edifício não é um restauro do antigo hospital, é um edifício novo em que só foram mantidas as paredes exteriores anteriores.
Não poderei estar de acordo com o ‘costa’ que lamenta não terem sido utilizados os antigos materiais. Não foram, nem deveriam ter sido, não se estava perante um restauro e a chamada cave é uma forma, recorrente, de aumentar o espaço em pisos sem alterar o aspecto exterior. Aquele espaço interior (já agora, para onde foi a estátua do fundador do Hospital?) é que não se percebe ainda para o que será.
Mas neste momento não existe biblioteca, ainda hoje, sem livros papel não há biblioteca.
Na moderna biblioteca pública coexistem os livros papel com os novos meios de informação e tecnológicos. E os monitores dos terminais não tem que ter como Home Page o site da Câmara (habitualmente desactualizado) mas sim livre acesso à navegação e com directórios que liguem às bibliotecas (ex. a António Ramos Rosa, em Faro) on-line, edições de livros (ex.),… isto é para um número infindável de informação.
Já vai grande este comentário e não tenho a certeza que o espaço o admita, mas deixo ainda uns extractos do Manifesto da UNESCO sobre as Bibliotecas Públicas.
As missões-chave da biblioteca pública:
1. Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância;
2. Apoiar a educação individual e a auto-formação, assim como a educação formal a todos os níveis;
3. Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa;
4. Estimular a imaginação e criatividade das crianças e dos jovens;
5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas realizações e inovações científicas;
6. Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão cultural das artes do espectáculo;
7. Fomentar o diálogo inter-cultural e a diversidade cultural;
8. Apoiar a tradição oral;
9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade local;
10. Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações e grupos de interesse;
11. Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a informática;
12. Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e actividades de alfabetização para os diferentes grupos etários.
Funcionamento e gestão
· Deve ser formulada uma política clara, definindo objectivos, prioridades e serviços, relacionados com as necessidades da comunidade local. A biblioteca pública deve ser eficazmente organizada e mantidos padrões profissionais de funcionamento.
· Deve ser assegurada a cooperação com parceiros relevantes, por exemplo, grupos de utilizadores e outros profissionais a nível local, regional, nacional e internacional.
· Os serviços têm de ser fisicamente acessíveis a todos os membros da comunidade. Tal supõe a existência de edifícios bem situados, boas condições para a leitura e o estudo, assim como o acesso a tecnologia adequada e horários convenientes para os utilizadores. Tal implica igualmente serviços destinados àqueles a quem é impossível frequentar a biblioteca.
· Os serviços da biblioteca devem ser adaptados às diferentes necessidades das comunidades das zonas urbanas e rurais.
· O bibliotecário é um intermediário activo entre os utilizadores e os recursos disponíveis. A formação profissional contínua do bibliotecário é indispensável para assegurar serviços adequados.
· Têm de ser levados a cabo programas de formação de potenciais utilizadores de forma a fazê-los beneficiar de todos os recursos.
Uma coisa é certa vão ter que ser os olhanenses a impor a BIBLIOTECA que merecem.
o Bate Estacas
a estátua se calhar foi fazer companhia ao espólio de Abilio Gouveia ,assim como as moedinhas desaparecidas da colecção de numismática deste e de outros doadores e que já desapareceram imensas.Já agora o que é feito dos inventários desres espólios?
Floripes.
Essa da estátua do benemérito do antigo Hospital que se encontrava no interior e desapareceu está bem visto...
Outra coisa é o nome da Bilioteca: já se sabe qual é?
A de Faro é António Ramos Rosa em homenagem ao poeta farense, e a de Olhão?
A CMO quando não pode atribuir o nome de Francisco Leal não sabe que nomes há de dar...
António
que tal dar o nome de Biblioteca Invisivel, pois sem livros uma biblioteca só pode ser mesmo invisivel.
os nossos autarcas querem lá saber dos livros ,a biblioteca foi inaugurada,e já conta no rol das obras feitas (mais uma vez),para a próxima campanha eleitoral do chico leal.o que eles querem saber é de negócios com o turismo(até parece que descobriram a galinha dos ovos de ouro),pois basta ver os futuros priõjectos da CMO para ver que é turismo e mais turismo.Poluição na ria ? isso é coisa que não se deve falar,podem os turistas fugir com medo,fome e miseria no sector das pescas?o melhor que a CMO faz é acabar com elas pois os turistas pode não gostar do cheiro a peixe(devem de gostar mais do cheiro a MERDA da estação, que devia ser de tratamento de esgotos),recuperação do bairro hitórico da barreta? deixem com a CMO pode ser que os nosssos netos vejam tal obra,ida do caique ao brasil?de certeza daqui a 100 anos se o chico leal já não for presidente.bom por hoje já chega.
Carapau de Corrida.
um bom nome seria:biblioeca pescador olhanense,pois o edificio foi-lhes usurpado, sem nehumas contra partidas.
Biblioteca Dr João Lucio .
Eu acho que este devia de ser o nome.
para nome que tal: biblioteca pescador olhanense.pois o edificio era deles.
Estes coment�rios s�o o reflexo n�o s� desta cidade como tambem deste pa�s,querendo tudo logo feito dos p�s para as m�os.Quando v�s foram viver para a vossa casa de serteza que n�o a tinham totalmente mobilada e equipada com tudo que queriam, e foram adquirindo o vosso conforto e o melhor equipamento aos poucos,pois tanto a biblioteca como qualquer espa�o publico fun�iona com algo par�ido com isso, vai se adquirindo certo equipamento e servi�os, comforme a necessidade da popula�o em si .
Em rela�o aos livros, que toda a boa gente diz n�o existir ,tenho uma boa noticia ,ELES EXISTEM,mas como v�s s�o peritos nessa mat�ria de serteza que tambem sabem que desde a cataloga�o de um livro at� ele chegar as m�os do publico, vai um trabalho de pelo menos 45 minutos,mas isso j� v�s sabiam.Agora referente a est�tua do benemerito do antigo Hospital Dr Jo�o Lucio,fiquem descan�ados que est� em boas m�os ,est� a ser restaurado neste momento para ser colocao no seu local de origem.
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