domingo, 8 de junho de 2008

PRÓPRIO DE UM GOVERNO FASCISTA

A paralisação dos camionistas está a afectar o ministro das obras públicas e transportes. Num comunicado, o ministro apela "a uma atitude responsável e propiciadora do normal prosseguimento das negociações" por parte dos transportadores. No mesmo comunicado diz ainda "não pondo em causa os direitos de expressão e manifestação constitucionalmente garantidos" tomará "todas as medidas que se imponham como necessárias à preservação dos direitos fundamentais dos trabalhadores e dos cidadãos em geral, e não pactuará com atitudes que sejam contrárias à Constituição, à lei ou aos fundamentos do Estado de Direito".
Esta atitude não é mais do que um real ameaça do género "se pararem, enviamos-lhe a polícia de choque". Um governo que sempre tem fugido às negociações, que não toma medidas de fundo com vista à resolução dos problemas, ainda se arroga a deixar a ameaça velada de usar a força. Tanto quanto os transportadores tem dito, a paralisação não implica a falta de pagamento aos trabalhadores nem representa o impedimento dos trabalhadores comparecerem nos seus locais de trabalho e como tal, não pode ser configurado como "layoff" como o ministro pretende.
Os transportes tem implicações nos preços. Quanto mais caros forem, mais caros serão os produtos que todos nós consumimos, inclusivé os de primeira necessidade. No fundo, a luta dos transportadores, sejam patrões ou empregados, tem interesses comuns. Podem não ser todos, mas há interesses comuns a ambas as partes e, como tal, devem unir-se nesta luta.
UM SINDICATO VENDIDO
O presidente da federação dos sindicatos dos transportes e comunicações apela a que os trabalhadores denunciem os patrões. Este sindicalista tinha a obrigação de perceber que os patrões não disseram que não pagavam e que impediam os trabalhadores de comparecerem nos locais de trabalho. Estamos com os trabalhadores e achamos que todas as ilegalidades, cometidas pelo patronato, devem ser denunciadas, mas não achamos que seja esse o caso. Achamos que a luta é de todos e que só peca por um questão de timming. Deveria ser tudo ao mesmo tempo: transportadores, pesca, agricultura.
Aparentemente, a greve da pesca não era uma luta dos pescadores, Completamente errado. Na maior parte da pesca, as despesas são tiradas do "monte" (entre elas, os combustíveis) e, como tal, atingem os bolsos dos pescadores. Foi, em tudo, semelhante àquilo que os transportadores pretendem fazer agora.
Não há "cão nem gato" que não sinta as coisas a piorarem de dia para dia. Foram os professores, foram as polícias, foi na saúde, é na justiça. Havia medidas que mais tarde ou mais cedo teriam de ser tomadas mas não de forma a atingir da forma como tem atingido. A luta é contra o governo que tem tomado as medidas mais impopulares desde o 25 de Abril de 1974, que mais direitos tem retirado aos trabalhadores, que mais os tem espezinhado. A luta é contra a arrogância e prepotência deste governo autista que tem como preocupação única, engordar os cofres do estado para dar um rebuçado antes das próximas eleições...

2 comentários:

Anónimo disse...

Devia de parar portugal enteiro para mesmo toda gente niguem devia de ir trabalhar nem de meter gasolina ao menos uma semana que assim ele não mamava mais dinheiro ao pobre do cidadão que tem que pagar os seus empostus para eles andarem a passiar ás nossas custas, mas venha quem vier é tudo da mesma laia a panela deve ser muito boa porque tudo quer ir para lá para encherem o papo á custa do pobre cidadão que tem que pagar os seus empostus com tanto sacrifiçio porque para eles não custa nada é só mamar hás nossas custas

Anónimo disse...

Concordo pelenamente com tudo o que disse.

Todos querem fazer parecer que os patroes nao querem pagar os ordenadose nao é isso querem sim uma politica justa ninguem aguenta a 3 semanas uma fiesta van levou 51.00€ de gasoleo na semana a seguir levou 64,00€ foram 13 a mais nao fui eu que os paguei mas que custa custa.
Nao sou patrao nao tenho limite de combustivel nao sou rico mas sou honesto e quando vejo situaçoes como a minha percebo que esta dificil continuar a trabalhar em Portugal.
Os meus parabens pelo seu blogue