quarta-feira, 18 de julho de 2012

OLHÃO/ALGARVE: QUE DESENVOLVIMENTO?

A Cãmara Municipal de Olhão, porque não sabe mais nada que fazer do que gastar o dinheiro dos contribuintes, avança para a criação de um conjunto de documentos http://www.cm-olhao.pt/areasatuacao/desenvolvimento-economico/plano-estrategico-de-desenvolvimento-sustentavel#instrumentos-de-atuação-–-3-ª-fase  que visam, na perspectiva dos nossos autarcas, o que deverá ser o futuro desenvolvimento economico "sustentavel" do concelho.
Aparentemente estaria correcto não fosse o facto de o Plano Regional de Ordenamento do Territorio - Algarve (PROT) já definir as linhas mestras do desenvolvimento economico da região. Acontece que pensado, elaborado, semi-discutido e aprovado na decada passada o PROT, está  nos dias de hoje ultrapassado e a pedir a sua revisão porque as perspectivas de desenvolvimento economico e social sairam furadas. Ou seja, os doutos politicos, e não sabemos em que Universidade tiraram os canudos, falharam rotundamente na sua visão futurista de uma Região que tinha todas as condições para estar bem melhor, mas insistem nos mesmos esquemas que nos conduziram à situação em que nos encontramos: FALIDOS!
Grande parte das obras levadas a efeito pelas autarquias, como a rede de auditorios ou de bibliotecas, entre outras foram "programadas" pelo PROT, e aconselhadas pela CCDR - Algarve, entidade que aprovava e aprova as candidaturas a fundos comunitarios nesta materia, e que induziu as autarquias ao endividamente, pois que sabia que se as mesmas não tinham dinheiro o teriam de pedir à banca, como aconteceu com a CMO.
Francisco Leal e Antonio Pina, ainda presidente e candidato à sucessão respectivamente, ao encetarem o novo documento que pretendem seja estrategico, esqueceram que a realidade de hoje é bem diferente daquela que levou à elaboração do PROT, plano ao qual estão subordinados. A subalternização ao PROT não admite grandes veleidades, pelo que o documento, agora em fase terminal, e se o papel não for muito mau, sempre dará para pendurar na casa de banho onde terá mais e melhor utilidade, apesar do dinheiro nele gasto.
A região algarvia, pelas suas condições naturais, não pode omitir ou secundarizar a agricultura e as pescas em detrimento de outros sectores que embora possam ter nas condições naturais a sua razão de existir, não representam uma mais valia local. A maior parte dessas empresas são exteriores à região onde ficará um valor residual, os salarios, enquanto o grosso das mais valias poderá estar numa qualquer off-shore, para alem de, gozando de um estatuto especial, podem contornar os planos de ordenamento, dar uma utilização aos solos que de outra forma não poderiam.
Transformar solos de elevada aptidão agricola para o uso do betão e alcatrão, é uma politica criminosa, tão criminosa quanto a poluição das aguas do mar com descargas de efluentes domesticos sem o tratamento adequado. E foi isso que o PROT fez. É isso que a CM Olhão faz!
Se a Cãmara Municipal de Olhão e os outros organismos estatais não estivessem entregues em mãos que colocam outros interesses acima dos da populações, e com isto não se diz que sejam interesses proprios ainda que assim pareçam, quando pensam na elaboração destes documentos, em primeiro lugar ouviam as pessoas para que estas se pudessem pronunciar sobre aquilo que do seu ponto de vista deve ser o desenvolvimento sustentavel do concelho. E já agora, aos doutos autarcas perguntaria que raio vem a ser isso de desenvolvimento sustentavel quando não há uma linha escrita sobre o pessimo ambiente em Olhão?
Para que queremos calhaus destes na CMO se temos tantos nas ribeiras com mais utilidade? É a pandilha pensante que temos.
PELA REVISÃO IMEDIATA DO PROT!

5 comentários:

Anónimo disse...

Repete-se o filme de 2009. Na véspera das eleições (2013) cria-se um ambiente de dinamismo, de inovação, de participação dos agentes locais e de preocupação na definição do futuro do concelho. Tudo fogo de vista. Passadas as eleições volta tudo para a gaveta.
A elaboração de um Plano Estratégico implica o envolvimento de toda a comunidade em permanência. Ora isto não existe, não existiu e não existirá enquanto o concelho for gerido pelos actuais políticos da nossa praça.
Vítor Matias

Anónimo disse...

eu não sei qual foi a tua universidade mas deve ter te dado um diploma de inteligência avançada que neste blog é só falar mal criticar tudo e todos mas soluções ZERO deve ser do cérebro de esquerda manhosa e da imensa pequenez que um dia sonha ser grande

Anónimo disse...

Concordo em tudo com o último comentário.Irra que já dá nojo ás vossas criticas, isso toda a gente sabe fazer agora arranjar soluções é mais dificil!!!!!!!!!!

João Luis. disse...

Sendo leitor atento desse blog quase desde o principio já vi variadíssimos artigos apresentarem soluções.
Uma das soluções que vi foi em vários artigos exigir que a CMO deixe de jogar esgotos não tratados na Ria há quase 5 anos que os autores desses artigos exigem isso.
Penso que é uma boa medida pois os esgotos além de darem uma péssima imagem de Olhão,também envenenam a Ria Formosa,que é Parque Natural e rede Natura 2000 como tal não devia há muito de haver esses esgotos.
Parece que quem manda na CMOlhão não está minimamente interessada em acabar com essa vergonha,qual será o motivo Incompetência?Desleixo? Incúria?
Na minha maneira de ver são essas coisas todas e mais algumas.
Estranho é os últimos comentadores afirmarem que os autores deste blog não apresentam soluções.Só seguir o conselhodos autores desse blog, de acabar com os esgotos e de ao mesmo tempo acabar com a ETARs assassinas e obsoletas era meio caminho andado para que a Ria Formosa ficasse sem poluição e assim voltasse a GERA RIQUEZA NOVAMENTE.

Anónimo disse...

Soluções???? A primeira, a mãe de todas as outras, já testada - a solução tomada pelos militares em Singapura, com a "nuance" de degredo para sempre em vez da pena capital; A mafia dominante teria um adversário à altura.
O problema, que agrava a desgraça de algumas sociedades - há militares e funcionários públicos fardados como militares cujas chefias se venderam aos bandidos.