domingo, 7 de setembro de 2014

OLHÃO: GUERRA OU MURO DE VERGONHA?


A CP desde a criação do caminho de ferro que se tem comportado como um estado dentro de outro estado, impondo as suas regras às populações e em muitos casos, funcionando como factor impeditivo do desenvolvimento bem patente na Fuzeta, condicionando a acessibilidade ao povoado.
O acesso ao lado sul do caminho de ferro, na área onde feito o pequeno vídeo, faz-se ou pela Avenida Bernardino da Silva ou pelo viaduto do Siroco, obrigando os peões a dar uma volta enorme desde o Bairro das Panteras até ao Intermarchê, a menos de cem metros.
A opção pelo viaduto do Siroco, devido à sua configuração, cria ainda dificuldades a pessoas de mobilidade reduzida, enquanto que na Avenida Bernardino da Silva, que tinha o mesmo tipo de problemas, pela pressão e constante destruição da vedação, a CP foi obrigada a criar uma passagem à superfície, com algum declive é certo mas que ainda assim serve os interesses dos peões.
Compreende-se que não promovam a acessibilidade a cada cem metros, mas também não é aceitável que face aos transtornos causados pela falta dela, não se crie as condições para que os moradores do lado norte desta área que envolve não só o Bairro das Panteras mas também os Bairros da Cavalinha, dos Pescadores ou o Siroco, possam atravessar a fronteira que é o caminho-de-ferro com um mínimo de segurança.
Tanto do lado norte como do sul há espaço mais que suficiente para fazer rampas de acesso mais compridas para eliminar ou reduzir as dificuldades de pessoas com mobilidade reduzida e criar uma passagem pedonal, à semelhança da que fizeram em cima do túnel da Avenida Bernardino da Silva.
É óbvio que a CP, ou a empresa dela resultante criada para a gestão das infra-estruturas, só o fará se for pressionada a fazer, particularmente pela Câmara Municipal de Olhão, mas para isso precisávamos de ter um presidente, que em lugar de andar a promover negócios se preocupasse com os interesses da população, a tal causa publica que diz exercer de forma "altruísta" mas paga por todos nós. E o mesmo é aplicável ao pavão em líder da "oposição", que faz questão de frisar a utilização da sua viatura para se dar conta de casos como este. Eu fui a pé e bastou-me!
Não foi por acaso ou por qualquer acto de vandalismo que os moradores da zona, cortaram a vedação inicial, mas pela necessidade. Com a demora que lhe é reconhecida e a falta de sensibilidade que sempre tem pautado a gestão, a CP ou a sua derivada, veio "reparar" aquilo que os moradores, e bem, jogaram abaixo, mas desta recorrendo a arame farpado numa extensão de cerca de cem metros, mais parecendo uma daquelas barreiras que os militares utilizam para demarcar teatros de guerra.
A resposta dos moradores não se fez esperar e mais uma vez destruíram a barreira de arame farpado, enquanto a Câmara Municipal de Olhão finge ignorar o problema, não procurando uma solução consensual que sirva os interesses da população mas também os da CP.
É a tacanhez de António Pina e Eduardo Cruz no seu melhor!
REVOLTEM-SE, PORRA!

4 comentários:

Anónimo disse...

o mecinhe pina está é há espera de apanhar um cagaço, ou uma tacada de merda ,para começar a pensar nas pessoas em vez de andar só em festas e a gastar o dinheiro que diz não ter.

Anónimo disse...

Este problema pela sua importância Transcende em muito querelas partidárias, e interesses pessoais mesquinhos, Já há muito que esse estupido caminho de ferro deveria ter sido arredado para o sopé dos cerros de S.Miguel, e cabeça, é impressionante como se tem permitido que essa cinta metálica, tenha obstruído o desenvolvimento das cidades de Olhão, e Faro, Deveria formar-se uma comissão para fazer a CP mover essa sucata daqui para fora.

Anónimo disse...

O caminho de ferro vai permanecer no mesmolugar que está, há quase um século.
A passagem de nivél que ali existia é que deve ser reposta,para dar segurança aos moradores das zonas do bairro da Cavalinha das Panteras Cor de Rosa do Bairro dos pescadores e do Siroco.

Anónimo disse...

Enquanto a autarquia não tomar as rédeas e exigir da CP a criação de condições tendentes a facilitar a vida dos cidadãos, aqueles "marretas" não mexerão uma palha. O "ilustre" presidente da CMO não deveria esquecer-se de que as pessoas estão primeiro!