sexta-feira, 5 de setembro de 2014

OLHÃO, A QUARTEIRA DO SECULO XXI?

Há já alguns anos que a Câmara Municipal de Olhão vem programando a transformação da cidade na nova Quarteira do Século XXI, sem que o Povo disso se aperceba, tal o grau de opacidade das decisões autárquicas.
Na imagem acima, pode ver-se o desenho que se pretendia para a zona da UOP 1, para a qual deveria ter sido elaborado um Plano de Pormenor e não foi. Esta zona ia da Avenida 5 de Outubro até ao Caminho de Ferro e implicava desde logo a demolição do Bairro 16 de Junho, lado sul e mais conhecido por Barrequinhas.
Ainda não fora feito o Caminho de Ferro, que dividiu a propriedade ao meio, e já o seu dono doara os terrenos para que os pescadores montassem ali as suas barracas, feitas à base de lata e pedaços de madeira.
Decorria o ano de 2009 e surgiu um grupo espanhol que tentou adquirir o lado norte do Bairro 16 de Junho para dar continuidade ao projecto que se adivinhava para a UOP1, mas veio a crise e tudo o vento levou.
Passados estes anos, a Câmara Municipal de Olhão fez aprovar o Relatório de Avaliação da Execução do PDM onde se considera o Bairro 16 de Junho como ilegal, o que não acontece por acaso porque, enquanto testas-de-ferro dos interesses turístico-imobiliários, António Pina e Eduardo Cruz, tratam de criar as condições para correr com os últimos resquícios do Povo de Olhão que vive naquela zona.
Os projectos que se adivinham para toda a área, destinam-se à promoção de segunda habitação, quando já temos cerca de 9.000 fogos entregues aos ratos.
Este tipo de projectos, à semelhança do que acontece em Quarteira, provoca a desertificação de toda a área, criando como que uma mini cidade-fantasma na época baixa com a agravante de empurrar os olhanenses para autênticos guetos.
Os moradores do Bairro 16 de Junho devem organizar-se para dar luta a este pulhas políticos, cuja insensibilidade social, está bem patente na aprovação do Regime de Renda Apoiada para a habitação social.
Os moradores, que até aqui se apresentavam como proprietarios das suas casas, a serem desalojados, passarão à condição de inquilinos e sujeitos àquele Regime com rendas ainda mais caras do que no mercado do arrendamento. A favor dos moradores do Bairro 16 de Junho joga o facto de poderem exercer o direito de usocapião, o que lhes permitia manter a posse e propriedade das suas casas.
Com palavrinhas doces o que se vem anunciando, por agora, é apenas a demolição do algumas casas por razões de acessibilidade e de mobilidade, com o propósito de ir dividindo os moradores que aos poucos serão forçados a abandonar as casas em que sempre viveram e que são suas. De demolição em demolição a Câmara Municipal prepara-se para correr com os olhanenses das Barrequinhas.
REVOLTEM-SE, PORRA!

4 comentários:

Anónimo disse...

o Cara ratada,o tal dos comboizinhes, diz a todos os amigos, das tias e dos tios, que as Barreuqinhas são para demolir, e que podem comprar há vontade, apartamentos no marina vilage ou no caca vilage como é conhecido pelos moradores das barrequinhas.

Anónimo disse...

O que fizeram à zona ribeirinha de Olhão com a construção do hotel e de mais de 400 apartamentos é mesmo lastimavél e uma pouca vergonha pois a arquitetura e a altura dão cabo de Olhão e da vista da ria aos filhos da Barreta do mundo novo.e da sbarrequinhas.

Anónimo disse...

até a maioria da concelhia do PS está contra o que querem destruir em Olhão,e fazer de Olhão uma nova quarteira.pelos jeitos só o pirolito é que está a favor do pininha.

Anónimo disse...

Bah...