domingo, 14 de dezembro de 2014

OLHÃO: PRESIDENTE CONTRA FILHOS ADOPTIVOS DO CONCELHO

Há uns meses atrás, António Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão, não só mandou publicar no site da autarquia como mandou uma nota para a comunicação social regional, regozijando-se pelo facto de vir a aumentar a comunidade estrangeira residente na Zona Histórica da cidade e pelo excelência do trabalho na recuperação das respectivas casas.
Tal gesto de reconhecimento faz parte do passado, porque a atitude face àquela comunidade, é hoje bem diferente. O que se passou entretanto e que levou António Pina a mudar de atitude?
A cidade de Olhão transformou-se num dormitório porque as casas aqui eram mais baratas, levando a que milhares de pessoas fixassem residência, mas também devido à falta de trabalho, que a Câmara Municipal nunca teve arte nem engenho para promover. Acompanhando esse ciclo vimos chegar à cidade e nela fixar residência, uma comunidade de estrangeiros encantados com as caracteristicas da Zona Histórica, a afabilidade do nosso Povo e da nossa gastronomia, podendo dizer-se que se tornaram filhos adoptivos da cidade. Filhos adoptivos, antes desejados e agora maltratados!
Depois de denunciado aqui o que estava programado no projecto de Plano de Pormenor para a Zona Histórica, e estando em curso a fase de apresentação de sugestões para o processo de revisão do Plano Director Municipal, estes olhanenses adoptivos, organizaram-se e muniram-se dos meios humanos e técnicos para participarem activamente no dito processo de revisão.
E se bem pensaram melhor o fizeram, apresentando as suas ideias, que desde já aplaudimos, com vista à preservação das caracteristicas essenciais da Zona Histórica, que vão desde a arquitectura do edificado, às ruas, ruelas, travessas ou vielas, passando pela calçada portuguesa e melhor ainda, incluindo os olhanenses de gema nesse processo.
Pina não gostou e criou todo o tipo de dificuldades à participação da comunidade. Primeiro porque o documento seguira em língua inglesa, o que de imediato foi corrigido, depois porque alguns documentos seguiram em A3 e só aceitavam em formato A4 e que voltaram a ser corrigidos, chamando um representante da comunidade para lhe dizer que aquelas obras não eram para se fazer porque não havia dinheiro, e tudo isto acompanhado de uma linguagem menos própria para um presidente de Câmara que se dirige a uma comunidade estrangeira como se de indesejáveis se tratassem, quase impedindo a sua participação.
É certo que a Zona Histórica é apenas uma fracção do conjunto do Plano Director Municipal, mas não é factor impeditivo da participação. Aliás pena é que não hajam especialistas noutras áreas, temáticas, como as Reservas Agrícola ou Ecológica, as Zonas Históricas da Fuzeta ou Moncarapacho ou ainda sobre o potencial do património arqueológico do concelho. Logo a Câmara Municipal de Olhão está obrigada a receber e a dizer como incorporou as sugestões apresentadas pela comunidade destes filhos adoptivos da cidade.
A comunidade estrangeira não defende nem se pronuncia sobre qualquer actividade partidária, mas defende a preservação da identidade do Povo de Olhão, motivo mais que suficiente para estarmos com ela nesta luta, assistindo-lhes o direito à indignação.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Armando Baptista disse...

Quando vim de Angola, à semelhança de um "Exilado", aqui caido de "para-quedas", e porque gostei do clima vigente de vivencia local, embrenhei-me em colaborar em actividades recreativas que pudessem beneficiar ainda mais o bom clima nesa cidade de Olhão da Restauração. Foi com essa perspectiva que me candidatei, na época, a Deputado da Assembleia da Republica , Direcção do Grupo Naval de Olhão, jornalismo bem como a divulgação universal de Actos Heroicos promovidos pelos pescadores e marinheiros em acrtividades maritimas, reconhecido mais tarde por elevadas entidades estrangeiras que aportaram a nossa costa maritima. Embora ja muito idoso sempre reconheci que a presença estrangeira neste nosso "cantinho à beira mar plantado" sempre foi de muita utilidade.

L.Pedra. disse...

Caro Armando Baptista,o moçe pequeno que agora é presidnete da CMO é porque é filho de Antonio Pina um ex.quase tudo,pois é ex PC,depois como o pc não dava o tacho que ele ambicionava mudou-se de armas e bagagens para o PS juntamente com o ex PC Filipe Ramires.
Para quem não sabe depois da mundança do PC para o PS o pai do actual presidente da CMO foi sempre a subir,vereador da CMO director da educação governador civil de faro presidente do Turismo do Algarve e grande inventor do ALLGARVE.
Como quem sobe na politica é quem tem cunhas ou é filho de....Antonio PIna chegou a presidnete da CMO por ter gano a concelhia do PS em Olhão com uma grande parte de militantes do PS que foram transferidos de Faro para Olhão,pelo amigo Jorge Tavares " sobrinho da Bruxa Maia, e que entrou na ambiOlhão como leitor de contadores e é agora o braço direito de Antonio Pina.
Antonio PIna há poucos meses realçava a importância dos estrangeiros andarem a comprar casas antigas em OLhão.era fine e dava nas vistas, essas declarações,pois dizia à boca cheia, que até os estrangeiros apostavam em Olhão no Mandato do Pininha.
O problema é que a comunidade estrangeira que gosta de Olhão tem gostos diferentes do actual presidente da CMO,que detesta a calçada portuguesa e gosta de lajes de pedra,sem história,e que se pode ver em qualquer cidade da europa.
A comunidade estrangeira organizou-se, e quer intervir com todo o direito em opinar na defesa da zonas históricas de OLhão.
Esse é o grande problema de António Pina que não gosta de democracia e quer ver a discussão publica deserta.
Vai ter azar,o moçe Pina, pois vai ser a discussão publica com maior participação publica, na história da daquilo que chamam democracia em Olhão.
Como dizem os apaniguados do moçe Pina " Temos pena".mas vão ter de aturar os revoltosos,contra a destruição de Olhão antigo.
E tempo de restaurar,a sério, e não de destruir o que Olhão tem de melhor e de diferente de todas as cidas da Europa.