No passado mês de Dezembro chamávamos a atenção para a possibilidade de os lanches do ensino primário e pré-escolar virem e sofrer cortes e o assunto foi levado à Assembleia de Freguesia de Olhão do dia 19 desse mesmo mês.
O presidente da Junta parece estar a assimilar os processos do seu camarada Pina, uma vez que, apesar de ter passado quase um mês sobre a realização daquela Assembleia ainda não ter feito publicar a respectiva acta, onde deverá constar as intervenções feitas a propósito por eleitos da oposição de onde se destaca o facto de 66% das crianças que frequentam a escola do Largo da Feira, serem carenciadas.
E das duas, uma, ou o presidente da Junta não questionou a Câmara ou deu-se por satisfeito com a resposta recebida. Certo é que tanto a junta como a Câmara souberam atempadamente que os lanches iam faltar e nada fizeram para resolver o problema, preferindo atirar o odioso da situação para cima de quem a denunciou como se tivessem eles a responsabilidade na gestão do parque escolar.
Entretanto apurámos que o leite é fornecido através da DGES mas que as sandes e fruta é adquirida pelo agrupamento escolar, que por sua vez atribui àquela direcção a responsabilidade na falta das sandes por cortes nas verbas. Mas então a DGES apenas cortou àquela escola ou algo mais se passou?
Na pior das hipóteses alguém com responsabilidades no Agrupamento Escolar Dr Alberto Iria se terá esquecido de proceder à requisição atempada dos leites e bem assim orçamentar as verbas para as sandes, não podendo vir agora atirar as responsabilidades para cima da direcção geral e fazer, manifestamente, o jogo da Câmara isentando-a de qualquer responsabilidade. Para alem de que é completamente falso que tenham avisados os pais dos alunos com a devida antecedencia, a não ser que de um dia para o outro seja considerado tempo suficiente para que os pais assaltem um banco (pode ser o Novo) e ir buscar o dinheiro que não têm para dar as sandes aos filhos.
Ou será que a chantagem politica, a pressão exercida sobre a direcção do Agrupamento Escolar foi no sentido de responsabilizar a DGES e absolver a Câmara das suas responsabilidades perante uma população escolar carenciada?
A vereadora substituta do presidente, que tem mais de proprietaria do que de Rendeiro, e responsável pela Acção Social da Câmara já nos habituou às suas tentativas de negar aquilo que é por demais evidente. Saberá a dita cuja que a igreja tem procurado apoiar de alguma forma parte destas famílias precisamente porque lhes falta aquilo que era oferecido pela escola?
A vereadora em causa pode explicar como leva uma semana para tomar uma decisão que poderia ser tomada numa hora quando estava em causa uma situação susceptível de ser considerada de emergência e ainda por cima com os antecedentes que já vinham de há um mês?
Quando a Câmara atribui um subsidio de 18.000 euros para um pasquim, sob a forme de um ajuste directo para publicar as publicações obrigatórias quando não reúne as condições previstas na Lei como a periodicidade ou de tiragem, faria melhor figura se disponibilizasse esse dinheiro para os lanches. Comprar um jornalista para o transformar em porta-voz da autarquia pode ter os seus inconvenientes porque à primeira falha pode muito bem acontecer como no passado em que o sabujo copiava os textos contra a câmara aqui publicados, mas sem revelar a fonte.
Pelo menos e por mais que digam foi pela denuncia do OLHÃO LIVRE que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia se vêem obrigados a repor os lanches completos. Não fora tal denuncia e as crianças do Largo da Feira continuariam sem o lanche, isso sim um acto desumano e criminoso.
QUEM ELEGEU ESTE ESTERCO POLITICO?
Sem comentários:
Enviar um comentário