quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

OLHÂO: PINA E AS DEMOLIÇÕES



A imagem acima foi surripiada do Jornal Publico de ontem, visível em http://www.publico.pt/local/noticia/plano-de-demolicoes-da-ria-formosa-navega-a-vista-sem-contestacao-dos-autarcas-1680862 e que traz um artigo sobre as demolições nos ilhotes em Olhão.
O Programa Polis Litoral da Ria Formosa é o instrumento financeiro para a execução do Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura - VRSº António, aprovado em 2005 pelo presidiário, ainda que preventivamente, Sócrates. 
Em 2008, Sócrates, nas entrevistas que concedeu a propósito da assinatura da constituição da Sociedade Polis, afirmou que as casas nas ilhas-barreira eram mesmo para ir abaixo.
O programa Polis Ria Formosa foi aprovado pelas Câmara que integraram a Sociedade Polis e submetido às respectivas Assembleias Municipais que os aprovaram. Nessa altura, Loulé, Tavira e VRSº António eram dominados pelo PSD e Faro e Olhão pelo PS. Todos eles, no seu conjunto disseram ámen às demolições então previstas e quer estariam em conformidade com o POOC.
O que não estava previsto no POOC era a divisão das pessoas como forma de conseguir o mínimo de contestação, criando zonas "legais ou ilegais", primeira ou segunda habitação. O POOC falava em zonas a renaturalizar ou requalificar e seria suposto que nas zonas a renaturalizar tudo fosse "renaturalizado", mas nestas coisas temos portugueses de primeira, segunda e terceira categoria, dividindo-os em classes conforme o seu extracto social e ou económico, porque todos aqueles que cheirassem a maresia ou peixe seriam rotulados de "feios, porcos e maus e como tal "renaturalizados" para a periferia.
A necessidade de retirar os moradores mais desfavorecidos das ilhas-barreira entronca na politica de vende pátrias dos governos socialistas e social-democratas de que tudo serve para fazer dinheiro, vendendo a preço de saldo os recursos naturais como são o cordão dunar das ilhas-barreira ou o mar, para os entregar à exploração turística.
Tanto assim é que, para um dos ilhotes, frente aos Mercados de Olhão, já existe um projecto assim como para a Praia de Faro já há lotes vendidos e tudo isto sem terem ainda demolido qualquer casa.
António Pina, o estúpido presidente da Câmara Municipal de Olhão, lamenta-se ao jornalista de que a Sociedade Polis apenas tenha dinheiro para as demolições e não haja dinheiro para as restantes intervenções. António Pina não tem a mínima preocupação com a situação dos moradores dos ilhotes que vão ficar sem um tecto para se abrigar, mas serve-se deles como arma de arremesso contra a Sociedade Polis. Pina apenas está preocupado com obras que para ele seriam emblemáticas como a requalificação do espaço ribeirinho, particularmente a horta da câmara.
À semelhança do que se passou com os esgotos directos ou da passagem de nível, Pina pretende que a Polis limpe a zona da horta da câmara e lhe construa noutro local as instalações para exercer a sua actividade. Porque não fechou já aquela espécie de lixeira e se mudou para outro local? Porque quer que seja a Polis a fazê-lo apesar de não ter realizado o capital social subscrito no acto societario.
Da mesma forma entende que cabe à Sociedade Polis proceder ao realojamento dos moradores, quando na verdade tal é da competência da autarquia que ao longo destes seis anos deveria ter-se assegurado de que chegado o momento estaria em condições de realojar as pessoas, a quem agora vira as costas.
Como é possível sermos governados por imbecis destes?

3 comentários:

Anónimo disse...

Vamos repor a verdade ! Primeiro o presidente pina quando era vereador foi o único autarca que não vitou favorveknente a programa da polis ! Segundo porque é que seria a câmara a realojar quando tem outras situações idênticas em terra ! E os romenos passavam a frente dos outros olhanense que também precisam de casas! Por último o presidente pina é o que sempre se tem mostrado contra a polis e a sua falta de visão para a ria formosa ... Pois prineiro está a abertura das barras e dos canais sendo que as casas são uma conquista de abril dos olhanense pois até la só os amigos do regime e o pessoal de Lisboa tinha casa nas ilhas e não se justifica gatar 5 milhões quando se pode por essa Malta a pagar impostos !!! O presidente pina é o único autarca nestes últimos anos que enfrenta os sacanas do ambiente de frente te
Os que o apoiar

Anónimo disse...

Demolir o quê e onde?Quando, por quem e como foram debatidas as diferentes situações,soluções e decisões finais?
Em verdade não houve debate sério,público, com a devida representatividade democrática das diferentes partes - governo central,autoridades regionais, populações.
Tudo feito nos gabinetes por um gang de ideologia sinistra, cujo chefe está preso até prova em contrário do que é acusado, descartando a realidade social,económica e histórica de um povo.Com alguns argumentos de verdade, mas que só servem para combater oportunistas ( "cadê" dos outros?, tentam por todos os meios, mesmo os mais ignóbeis de uma ditadura abjecta, matar gerações de famílias ribeirinhas.
Hoje numa Ria, amanhã todo um país..., se dúvida ainda existisse.

Anónimo disse...

Ao fdp do comentador do dia 1 para lhe dizer com todas as letras que é tambem um grandessissimo aldrabão. À epoca, Pina era vereador sem pelouro e a deliberação que aprovava o POLIS foi aprovada por unanimidade. Quanto ao realojamento, todos os residentes à data do levantamento da Polis têm direito a ser realojados por serem tão olhanenses como aqueles que vivem em terra. Pina é um malandro que só está contra a POLIS por esta não refazer a Praia dos Cavacos nem "requalificar" a frente ribeirinha como ele queria. Pina nunca se preocupou com as barras e se tomou posição agora a proposito da barra da Fuzeta foi para não perder o comboio que o outro cambalacheiro (PSD) pôs em movimento.