Consultada a pagina na internet do IPMA, constatamos que a apanha da conquilha, e não só, está interdita em todo o litoral português.
Verificámos também que para alem do costumeiro edital, a publicação das analises parou no mês de Fevereiro, a que não deve ser alheio o prolongado período de interdição e o possível pedido de apoios ao Estado por parte de quem está impedido de exercer regularmente a sua actividade.
A falta de publicação das analises impede. os profissionais do ramo, de poderem provar o tempo de paralisação.
Sabem as entidades envolvidas neste processo, que a presença de biotóxinas, ainda que existentes no meio natural mas não em quantidade suficiente para determinar uma interdição, se deve essencialmente ao fitoplâncton potencialmente toxigeno, existente nas ETAR e nos esgotos directos sem qualquer tratamento, potenciados pela presença de nutrientes que ajudam à sua multiplicação. Essa será a verdadeira razão porque não se publicam as analises, não fazendo sentido que nos últimos seis meses não exista qualquer publicação.
Nesta época de feiras e romarias a nível nacional, onde o marisco está quase sempre presente, assistimos à interdição da apanha de variadas espécies, logo substituídas por outras vindas do exterior, como sejam a ameijoa nipónica, a ameijoa da Itália ou Tunísia, vendidas como se fossem das nossas.
Este procedimento, numa altura em que os profissionais do sector poderiam ganhar mais algum, acaba por se virar contra aqueles que são a razão de ser destes festivais, os produtores de marisco da Ria Formosa, os que davam suporte a uma qualidade que de ano para ano se vai perdendo, até que o Festival se fine, pelo menos no figurino actual.
Mas atenção, e porque já vimos como se processam estas coisas, o recurso a marisco alheio à Ria Formosa não apresenta, muitas vezes, a garantia de salubridade que é exigida, por ausência de controlo fito-sanitário.
Basta ver como são importadas as ostras de semente para compreender isso.
Toda esta situação nos leva a questionar a seriedade das entidades envolvidas na Ria Formosa, que vão desde a Agência Portuguesa do Ambiente, do Parque Natural da Ria Formosa, do IPMA, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas, da Autoridade Veterinária ou mesmo da Policia Marítima, já que todas elas sabem do que se passa com a poluição na Ria Formosa e no litoral da mesma, mas todas fingem não saber, permitindo até que a Aguas do Algarve, empresa publica, não publique as analises com a regularidade a que está obrigada por força da Lei.
A esta gente não basta parecerem sérios, é preciso que o sejam!
4 comentários:
A conquilha interdita mas os turistas na ilha da Fuzeta Armona e Farol não param de as apanhar, coma policia marítima a olhar impávida e serena.
Vocês só sabem falar mal...puxa tou farto!!!!!!
Embora seja altamente vergonhoso para o nosso Pais. mas tem que ser devidamente escla-recido que algumas espécies de bivalves estão proibidos de capturar devido a
AMOSTRAS INDISPONIVEIS
isto significa que o Governo com tantas entidades na gestão da Ria Formosa não conse
gue arranjar uma pessoa que vá apanhar ou comprar meio kilo da espécie em causa nos
locais interditos para,realizarem análises, e esses locais podem ficar um ano intei
ro na situação de "captura interdita"
Existe alguma situação tao vergonhosa como esta neste Pais? Haja Deus.,,,
A pelicia é come ó corcudile, mó. Olha olha, finge que não é nada mas de repente dá-lhe um amóque e fila o primeiro desgraçado que esteja a jeito.
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