O site da Câmara Municipal de Olhão torna-se divertido pelos assuntos e forma com que os aborda, na intenção clara de branquear as suas responsabilidades. Veja-se este texto, em http://www.cm-olhao.pt/destaques/em-destaque-o-que-e-que-olhao-tem/1959-a-ria-esta-cada-vez-mais-formosa-02, de pura poesia e fantasia.
A Ria Formosa é de facto um autêntica maravilha que tem sido conspurcada pelas autoridades publicas nela envolvidas, sendo elas quem mais degradam a Ria. Apontar o dedo acusador a quem vive da Ria, legal ou ilegalmente, é uma manobra de diversão para esconder as atrocidades cometidas neste santuário.
Dos intervenientes, ressalta mais uma vez a colaboração da Policia Marítima nesta dissertação. É por demais óbvio que o seu comandante não é de Olhão e desconhece o passado de Olhão, para se referir aos olhanenses da maneira como o faz. Recomendo-lhe por isso, um livro da autoria do falecido professor Rosa Mendes, para compreender melhor a vivência na Ria.
Foi o Homem quem desequilibrou o eco-sistema ao fazer as n,barras artificiais, cujos molhes impedem a natural progressão das areias, acumulando-as nuns lados mas provocando défices noutros.E por detrás dessas decisões estiveram as entidades publicas! Se estamos contra as barras artificiais, Não! Mas há que encontrar medidas compensatórias para os danos causados, coisa que as entidades com responsabilidades na matéria têm negligenciado. E de tal forma assim é que, no passado, a Junta Autónoma dos Portos do Sotavento do Algarve estava dotada de dragas e batelões para dragagens permanentes na Ria.
A ultima intervenção de fundo na Ria remonta ao inicio do século, para permitir a navegabilidade em toda a Ria e uma melhor renovação de aguas. Daí para cá, uns retoques, de acordo com determinados interesses instalados, mas sem ter em conta as actividades tradicionais da Ria.
Foi a Câmara Municipal quem instalou a assassina ETAR Poente de Olhão, passando-a em 2005 para a Aguas do Algarve. Contrariamente àquilo que é dito na poética peça, as aguas não têm a qualidade que deveriam ter, estando completamente poluídas. Desde a contaminação por metais pesados, contaminação microbiológica, contaminação por fitoplancton nocivo, e tudo um pouco se pode encontrar, mas as entidades publicas apenas se preocupam com os parâmetros que satisfaçam os interesses turísticos.
Podem os poéticos declarantes explicar porque razão desapareceu a seba, a sebarrinha e tantas outras espécies fundamentais ao funcionamento do eco-sistema? Não interessa! Mas pelo meio apelaram à adopção de pradarias marinhas. Porquê, se não têm interesse?
Não é por acaso que surge neste momento esta obra poética, encomendada por um tal Pina!
Aquilo que se prepara para acabar com a principal actividade nesta zona da Ria, e isso é o mais importante.
Sabe o Pina, mercê de informação privilegiada, a forma como se preparam para retirar as licenças a muitos dos viveiristas que, enquanto presidente da Câmara, tinha a obrigação de os defender ou acautelar, mas não o faz, porque ele próprio está desejando abocanhar esses viveiros.
O cruzamento de dados entre a APA e a DGRM, permite saber quem são os viveiristas que não preencheram os inquéritos à produção, não apresentando vendas, razão para os declarar devolutos.
Não dizem é que ao longo dos anos montaram um esquema, uma armadilha para correr com os incautos que não declaravam as vendas, ou então se estivessem nisto com alguma seriedade, o tempo que levaram para estudar a capacidade de carga para a produção de bivalves, tinha estudado qual a densidade média por metro quadrado de produção de ameijoa e fazer incidir sobre ela as taxas a cobrar.
Com uma tal medida, combatiam a fuga ao fisco, e os produtores não teriam qualquer problema em passar as facturas, porque o valor da venda sem factura cai quase para metade do preço!
Aliado a isso temos a elevada taxa de mortandade da ameijoa, que as autoridades preferem dizer que são de origem patológica, mas sem nunca combater as origens da patologia. Isto é um pouco como algumas infecções hospitalares, fruto do meio ambiente, só que neste caso, as autoridades são obrigadas a intervir por estar em causa a saúde publica. Já quanto às origens e meio ambiente da patologia da ameijoa, NADA!
O comandante da Policia Marítima faria melhor figura se ficasse calado, já que a cinquenta metros da sua esquadra tem um esgoto directo, visível a olho nu, um outro dentro de Porto de Pesca e mais dentro do Porto de Recreio. Com tanta limpeza anunciada, pergunta-se, porque razão não intervém?
Vá lá senhor comandante, ganhe coragem e afronte os poderes públicos! Ou será que a sua coragem, só lhe dá para intervir junto de quem procura o sustento?
Que já fez para acabar com a ocupação ilegal de terrenos por parte do Pina? Sabe que nós sabemos que tem conhecimento disso. Intervenha!
6 comentários:
Autoridades públicas ou a MAFIA travestisada?
Nunca um cão de fila incomoda o dono, a menos.., a menos que seja muito maltratado.
O clão da ria formosa vai estar amanhã em Lisboa para uma reuinão com o Apolinário de modo a desbloquear mais uns milhões.
falam da portaria que renova 6 anos as licencas dos viveiros mas alguem me diz qual é o numero da portaria pois nao encontro
"Olhão Fez-se a si Próprio" Livro autoria Prof. António Rosa Mendes, quem não leu, não conhece Olhão e as suas gentes...
Desbloquear mais uns milhões? OK! Para quem e para quê, quem sabe? Tetas da Europa para alguns com a maioria a observar na bancada?
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