Há muito que vimos denunciando aquilo que os governos de traição nacional vêm promovendo em torno da venda dos nossos mares aos interesses de grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros em obediência ás recomendações da União Europeia (EU).
Durante o consulado de Coelho e Portas foi alinhavado o Plano Estratégico Nacional para a Aquicultura., submetido a uma discussão pouco publica, como é habitual, para que os principais interessados, pescadores e produtores de ameijoa, não participassem, como se pode ver em http://www.dgrm.min-agricultura.pt/xportal/xmain?xpid=dgrm&xpgid=genericPageV2&conteudoDetalhe_v2=3319368, e onde se explicita que o mesmo teve como referência a Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura Europeia.
Obviamente que cada País tem as suas características próprias que variam de uns para os outros, nomeadamente no que diz respeito às correntes ou amplitudes das marés, para além de que a aceitação de um tal Plano, não só vai provocar a alteração do modo de vida para os profissionais das actividades tradicionais da Ria Formosa, ditadas por decreto, como representa uma subjugação aos ditames da União Europeia, conduzindo a uma regressão económica e social das populações ribeirinhas.
E se aquele documento antecipava a dita "discussão publica", temos já o Plano Estratégico aprovado e que pode ser lido em file:///C:/Users/User/Downloads/Plano_Estrat%C3%A9gico_Aquicultura_2014_2020%20(1).pdf. Para quem trabalha na Ria Formosa, chamamos a particular atenção para o ponto 6.2.1, página 35, no que concerne à delimitação de novas áreas de produção aquicola e ainda o facto da grande aposta (pagina 36) em "organismos filtradores (mexilhões e ostras) a qual, não sendo objecto de fornecimento de alimentos, justifica o grande aumento previsto".
Deste modo, ao delimitar novas áreas de produção aquicola vão roubando cada vez mais o espaço da pequena pesca artesanal e o respectivo sustento de milhares de famílias. No que há produção de ostras, mexilhão e vieiras, já percebemos as investidas de grandes grupos económicos nacionais e estrangeiros que afiam os dentes à espera da melhor oportunidade para abocanhar a Ria Formosa, mudando a riqueza até agora criada por pequenos produtores para as mãos de gente sem escrúpulos, cuja ganancia desmesurada vai pôr em causa o eco-sistema.
Prevê-se ainda neste documento a "reabilitação de áreas de produção aquicola em zonas de estuário ria e outras zonas húmidas, em resultado da melhoria da qualidade das aguas e do reaproveitamento de estabelecimentos inactivos.
Quer isto dizer que a Direcção Geral dos Recursos Marinhos reconhece a péssima qualidade das aguas das zonas de produção de bivalves, propondo-se melhora-la, depois de anos e anos de reclamação dos produtores de ameijoa, com prejuízos acumulados e que estão na origem do abandono do tais estabelecimentos inactivos.
O novo Plano Nacional de Aquicultura e o Plano de Aquicultura para a Ria Formosa anunciados pelas visitas da ministra do mar e do secretário de estado das pescas, irá absorver as recomendações da UE, não fugindo muito àquilo que aqui se dá por reproduzido na forma de links.
Existe no entanto uma contradição, já que neste documento, as perspectivas apontam para períodos muito mais alargados do que aqueles que as "ilustres" visitas apontaram (seis anos), o que tem também uma leitura política. É que, se contados os seis anos a partir do fim das concessões (Junho de 2015), ele vai coincidir com o inicio da próxima legislatura, se entretanto não houver eleições antecipadas, deixando deste modo a resolução definitiva das concessões para o governo que emergir das eleições que deverão ocorrer nos finais de 2020. Ou seja, o governo suportado pela falso partido socialista está em permanente campanha eleitoral, procurando assegurar o maior apoio eleitoral possível, empurrando os problemas com a barriga e adiando o futuro de milhares de pessoas.
Cada Povo tem o governo que merece.Será que vão continuar a confiar nesta cambada de trafulhas?
ACORDEM!
Nota do Olhão Livre: Leitor atento avisou-nos de que o link de baixo não abria, por isso sugerimos que depois de abrirem o primeiro link, cliquem onde, a azul, está escrito Plano Estratégico Nacional para a Aquicultura, que automáticamente fará o dowload
Nota do Olhão Livre: Leitor atento avisou-nos de que o link de baixo não abria, por isso sugerimos que depois de abrirem o primeiro link, cliquem onde, a azul, está escrito Plano Estratégico Nacional para a Aquicultura, que automáticamente fará o dowload
4 comentários:
Ora vamos chegando à verdade por qual o motivo que tanta gente quis acabar com a APAA.
A Engª. Valentina Calixto organizou uma reunião em Evora com muitas associações de
Aquacultura do Pais e a ideia era constituir uma federação nacional. Não conheço que
se tenha contituido essa Federação. Foi sim constituida uma Associação Portuguesa de
Aquacultores que diz representar 90% da Produção Nacional e ser a principal interlo-
cutora do sector junto de todas as entidades.Indicam mais de 30% da produção consti-
tuida por ameijoas. Quem serão os viveiristas que fazem parte do elenco diretivo e quem está na rentaguarda dessas pessoas.
Já viste ZE como as coisas acontecem.
Ha muitos anos tentaram comprar um viveirista com propostas completamente desonestas
e esse viveirista deu como resposta a criação da APAA, Associação de Produtores em Aquacultura do Algarve. Fico por aqui agora porque há muito mais. Entretanto é um dever avisar todos aqueles que tanto trabalharam para fazer o seu viveiro que o seu
futuro profissional vai estar em risco. Manobras politicas que o Zé é que paga.
Falando das OSTRA PLANAS.
Como sabem foi a APAA que fez aquela experiencia de produção de ostras planas e deso-
varam na Ria tendo criado centenas de postos de trabalho para os profissionais de Ria.Todo o projeto, desde a produção de juvenis, em maternidade, até à desova na Ria
Formosa e tudo o que aconteceu ao longo desse periodo foi entregue ao IPIMAR, pela
APAA pensando na ajuda a prestar por esta Instituição.Agora sabemos que quem manda
nessa Instituição é a politica.
Ha meses apareceu um pedido muito grande publicado e colocado no meio de tantos papeis
no mercado municipal de Faro. E tu Zé tiveste conhecimento?
É assim que se vão as classes socias e seus poderes ZÈ há quem chame a isto um
nome:Democracia.
"A VERDADE È FILHA DO TEMPO E NÂO DA AUTORIDADE"
Os profissionais percebem agora a razão porque os processos aprovados em Bruxelas
para a modernização dos viveiros de ameijoas não chegaram aos viveiristas nem à APPA.
A politica é muito linda, não é ZÈ. Pouca vergonha....
Moss, mas quem tem ainda dúvida de que a MAFIA de forma extremamente hábil domina o sistema por ela arquitectado? E o ZÈ não passa do blá blá para aqui do blá blá para acolá, blá blá inconsequente que diverte os mafiosos.
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