domingo, 7 de agosto de 2016

RIA FORMOSA: A MENTIRA BIOTOXINAS!

Todos os anos, a partir de Março, a costa portuguesa é fustigada por interdições parciais ou totais da apanha de bivalves por causa da presença de toxinas na carne dos bivalves.
São três as potenciais toxinas que estão na origem dessas interdições, a saber: a ASP (amnésica), a DSP (diarreica) e PSP (paralisante).
As toxinas, ao contrario da contaminação microbiológica, não desaparece, necessitando de uns dias, poucos, para voltar aos seus parâmetros normais.
Os bivalves são filtradores, isto é alimentam-se através de um sistema de sifões pelo qual aspiram a agua e o oxigénio, e com eles, as toxinas presentes na agua. É lógico que quanto maior for a capacidade filtradora, maior seja a bio-acumulação, mas na prática não é isso que acontece, com as espécies com maior capacidade filtradora, estarem em regra livres das interdições, como é o caso da ostra.
Sendo assim, quanto maior for a quantidade de toxinas presentes na agua, maior o será também na carne dos bivalves, que aqui se juntam por bio-acumulação.
É o decreto-lei 293/98 ( Capitulo V, Anexo I) que determina a quantidade de toxinas permitida na carne dos bivalves para comercialização, e a partir da qual deve ser declarada a interdição. Assim, enquanto que para a ASP o limite máximo permitido é de 2000mg/100g de carne, para a DSP se situa nos 80.
Consultado o histórico das analises, na pagina do IPMA verificamos que há uma discrepância muito grande entre a presença de ASP e de DSP, o que será natural, tanto mais que o limite máximo permitido é também muito superior.
No entanto há, nas analises publicadas, valores demasiado elevados na presença de ASP, mal se percebendo porque as interdições declaradas reportem apenas a DSP, cuja presença na agua é relativamente diminuta.
As toxinas podem provocar problemas de saúde publica graves, e não será com este tipo de intervenções que o impedirão.
Se tivermos em conta, aquilo que se passou na Fuzeta, com uma interdição por contaminação microbiológica que afinal não existia, pelo menos a fazer fé nas analises, tudo leva a crer, que as interdições têm outros objectivos, que não acautelar a saúde publica.
É que não são relatados casos de diarreias com origem nos bivalves apesar de os veraneantes os apanharem e comerem, mesmo em alturas em que é declarada a interdição. Vistas as coisas por este ângulo, aquilo que se pretende é afastar os profissionais da apanha dos bivalves, particularmente os da conquilha, porque o fazem mais perto da costa e essa está destinada ao uso balnear.
Que a bota não bate com a perdigota, não bate!

5 comentários:

Anónimo disse...

Nítido que a bota não bate com a perdigota! Quando tal acontece os mais idosos alertam para moirama na costa e os mais jovens para MAFIA à espreita.

Anónimo disse...

Muito bem o "OLHAO LIVRE" está em bom caminho. Este esclarecimento é muito bom e para
bem dos viveiristas e mariscadores da Ria Formosa e dos que trabalham na captura de
conquilhas e outras especies.Informações deste tipo já deviam ter sido dadas pela
Associação Portuguesa se Aquacultores,pois as produções de ameijoas dos seus associa-dos indição que existe uma quantidade enorme de associados.

Esta Associação é o principal interlocutor do sector junto de todas as entidades e ao
que julgo saber a sua sede fica em Lagos - no sapal do Vale da Lama.

Anónimo disse...

A historia de no mesmo local da Ria Formosa onde se produzem várias espécies e as
que filtram maior quantidade de agua não são interditas e outras com muitissimo
menos filtração ficarem com a captura interdita merece uma explicação. Os viveiristas
e mariscadores não percebem o porquê desta situação. Cabe às Entidades Oficiais faze-
rem a explicação sob pena de ninguém acreditar neles.

Anónimo disse...

Devido a algo de errado sobre quem iniciou a Festa do Marisco em Faro, cumpre-nos
informar corretamente ,porque foi devido a um problema de poluição:

Um membro da Junta de freguesia de Faro, chamado Paulino, contactou um membro da di recção da APPA (Associação de Produtores em Aquacultura do Algarve)de Olhão para ver
qual a possibilidade de ser feita uma Festa do Marisco em Faro. Entretanto houve a
primeira proibição de captura de bivalves na Ria e imediatamente apareceu uma grande
manifestação em Faro,no jardim junto ao Governo Civil onde não houve espaço para tanta gente.Os viveiristas e mariscadores levaram o marisco e depois de cozinharem, de borla acompanharam da cerveja adquirida pela APAA. e ofereceram sem que houvesse
conhecimendo de qualquer diarreia.

Nesta manifestação o jornalista Manuel Luiz acompanhado pelo presidente da Camara de
Faro Dr. Botelheiro, contactaram o presidente da APPA e perguntaram qual a possibi-
lidade de se iniciar a Festa do marisco em Faro. Ao que sabemos a APAA disse que
sim, mas com asseguintes condições:
-realização com sepsração do festival do marisco de olhão no minimo 10 dias:
-não ter como objectivo o lucro:
-promover todas as especies de bivalves da Ria
-apoio da Camara e Junta de freguesia com barracas e artistas,

Depois vão perguntar ao PS de Faro, porque sabem o que fizeram.
Nenhum de nós está aborrecido pelo desenvolvimento da Festa estamos sim contentes
pelo desenvovimento e fazemos votos para que estaja sempre a crescer.

Anónimo disse...

Merecer uma explicação? Moss má que jeit mó, parece pimária pra adults. Desde quando é que Dr. expilica? Dr. ensina, mó e já vão anos a repetir a matéria. Má qual é o probleme pró Dr. que uma qualquer cabeça dura, tantas de arrepiar, acredite ou deixe de acreditar? Para desenjoar sai Dr., entra Dr., siga o bailhe mandado. Moss,muitas felicidades e sonhes lindes lindes com a formosura de uma Ria que foi levada pró alterne.