Ontem Fernando Grade da Almargem publicou um artigo na sua página do f.b. que dizia o seguinte"CRIME MONUMENTAL A OCORRER EM OLHÃO!
Imagens tiradas no dia de hoje em que, à luz do dia, se procede à despudorada betonização da Igreja Matriz, monumento nacional.
Este procedimento a nível da intervenção no património é uma autentica
barbaridade já que a utilização do cimento, material totalmente
incompatível com a alvenaria originária, vai ter repercussões futuras
muito graves na integridade estrutural, estética e identitária do
edifício. Os olhanenses não podem permitir que o seu mais precioso
monumento seja cruelmente abastardado!"
Hoje a Direcção Regional de Cultura ordenou a suspensão das obras que se pode ver na Foto retirada do Sulinformação online
Segundo o SulInformação ,o Padre Armando não sabia que a Igreja era Património Classificado,mas disse que ia acatar a ordens da Direcção Regional de Cultura.
Mas como é que um Padre pode não saber, que a Igreja que dirige é Património Classificado?
Já agora será que o Padre Armando sabe que dentro de um raio de 50 metros da Igreja Classificada de Monumento de Interesse Publico foi criado uma Zona Geral de Protecção, que consiste numa faixa de protecção com um raio de 50metros, onde TODOS os edifícios não podem sofrer alterações sem o consentimento da Direcção Regional de Cultura?
A foto de cima foi retirada daqui
Nesse artigo do Blog Marafado por ler o seguinte texto:
"Sabia que a Igreja Matriz de Olhão levou 17 anos a ser construída?
É verdade!
A partir de 1698, foi levantada a notável construção religiosa de
Olhão, mas o seu construtor, não acreditando que as areias do solo
suportariam tanto peso, avisou os pescadores de que a obra teria de ser
reduzida.
Os pescadores obrigaram-no a continuar, mas numa noite ele resolveu fugir.
Passados 7 anos, ouvindo dizer que a igreja ainda nem uma única racha tinha, regressou e concluíu o templo.
O registo é interessante: “À custa dos homens do mar deste povo se fez este templo novo no tempo em que só havia umas palhotas em que viviam.”
A Igreja Matriz de Olhão, com o nome oficial de Igreja de Nossa
Senhora do Rosário, foi inaugurada em 1715. E resiste, segura, bonita e
imponente."
A Igreja Matriz de Olhão foi considerada Monumento de Interesse Publico em 29 de Abril de 2013 .
Porque será que a APOS Associação de Defesa do Património de Olhão não se pronunciou, contra esse atentado?
Porque será que Bruno Alexandre Secretário da Assembleia Municipal de Olhão eleito pelo PSD, e ajudante de diácono na Igreja de Olhão, não avisou o Padre Armando que a Igreja era um dos poucos Monumentos Classificados da Freguesia de Olhão,e como tal carecia de autorização da Direcção regional de Cultura para executar essas obras?
Porque será que a CMOlhão não interviu em defesa do Património Classificado de Olhão?
quinta-feira, 30 de março de 2017
Crime contra o Património em Olhão!Direcção Regional de Cultura do Sul manda embargar a obra!
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6 comentários:
Fizeram a mesma merda de obras no edificio da CMOlhão datado do século 18 que o Pina queria jogar abaixo para fazer a Torre de 21 metros.
Será que não sabem que o Pina presidente da CMOlhão deu 25000€ para que esse crime fosse cometido?
Afinal de contas pode um presidente da CMOlhão andar todos os anos a dar dinheiro para a Igreja quando essa cobra mais de 300€ por cada corpo que vai ser velado na Igreja pequena?
Em Olhão tudo isso é normal, o presidente anda mais preocupado em arranjar negociatas, que a proteger o pouco património classificado que existe em Olhão.
Dar dinheiro ao Padre, para destruir o nosso património classificado?
ele já é tão pouco e o pouco que existe ainda o querem destruir?
Aos clubes quando é para atribuir qualquer subsidio pedem tudo emais alguma coisa e ao Padre não pediram que tipo de obras iam fazer na Igreja com que práticas e quemas ia fazer?
Não pediram ao padre o parecer da Direcção Regional da Culutura sobre asa obras a executar na Igreja???
parabéns pela denuncia de mais este atentado contra o Património de Olhão quando todos os partidos ficam calados vocês são os únicos que divulgam os atentados em Olhão.
Por isso o Pina e todos os lambe cus que andam em redor dele,para receber uns trocados, vos tem um ódio de estimação.
Continuem.
As obras de reabilitação da igreja matriz de Olhão foram suspensas pela Direção Regional de Cultura do Algarve (DRCAlg) por falta de parecer prévio obrigatório e utilização de materiais e técnicas inadequadas, disse ontem a diretora regional.
A igreja está classificada como imóvel de “interesse nacional” e, na quinta-feira passada, depois da visita dos técnicos, a DRCAlg comunicou à Câmara de Olhão a decisão e pediu ao pároco “a suspensão imediata” das obras já em curso, pedido “logo acatado”, contextualizou a diretora regional de Cultura, Alexandra Gonçalves.
“Sendo um edifício classificado, o imóvel tem que ser sujeito a relatório prévio, tem que haver entrega de um projeto de intervenção e uma apreciação, com um parecer nosso e da direção geral do património cultural, anterior à intervenção no edifício”, explicou Alexandra Gonçalves à agência Lusa.
A diretora regional justificou que, “como isso não aconteceu”, a obra “não estava a decorrer de acordo com os procedimentos administrativos necessários” e, “na visita ao local, constatou-se também que o que estava a ser feito não ia ao encontro de um projeto de reabilitação do edifício nos termos que deveria possuir”.
A diretora regional de Cultura contou que o pároco invocou que “está há pouco tempo em Olhão e não sabia que a igreja estava classificada”, obrigando ao pedido de parecer prévio.
“As tintas estavam a ser removidas com jatos de água, havia aplicação de massa cimentícia, elementos que não podem ser utilizados. As técnicas não eram adequadas nem os materiais, porque influem na conservação do monumento e condicionam a reação do próprio edifício a questões como a humidade”, exemplificou Alexandra Gonçalves.
Agora, a paróquia, como responsável pela obra, tem de “remover materiais que não deveriam ter sido aplicados” e submeter o relatório prévio a parecer da DRCAlg, adiantou a diretora.
O presidente da Câmara de Olhão, António Pina, disse à Lusa que a autarquia não tem competências de licenciamento nos casos de pinturas de fachadas, havendo apenas necessidade de informar o município dos trabalhos e da eventual ocupação da via pública, como foi feito pela paróquia.
"Acima de tudo, isto é um episódio que revela ser preciso repensar a forma como o Ministério da Cultura e, em especial a área do Património, encara aquilo que define como património classificado, porque classifica património que não é do Estado, depois não tem verbas para ajudar na sua conservação e, quando os donos tentam conservá-los, ainda se veem enredados numa burocracia que muitas vezes não conhecem", criticou o autarca.
A mesma fonte considerou ser " no mínimo exigível ao Ministério da Cultura e à área do Património que tenha uma ligação forte, próxima, com os detentores privados de património classificado, para que estas situações não ocorram".
"Claro que estamos próximos para ajudar a paróquia, mas esta proximidade e acompanhamento deviam ser o Ministério e a área do Património a fazer, porque verbas para a conservação são zero", acrescentou.
A Lusa tentou ouvir a paróquia de Olhão, mas até ao momento ainda não obteve resposta.
Por: Lusa
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