O Pina apresentou a intenção de construir um novo campo de futebol, onde vai gastar 500.000 euros, na Quinta João de Ourém, a norte do Pavilhão Municipal.
Não vem ao caso recordar o passado, mas sempre podemos dizer que, mais de vinte anos após a construção dos Estádio e Pavilhão Municipais, é que a situação foi regularizada, com as áreas de cedência da Urbanização da Quinta João de Ourém.
A construção do novo campo, em terrenos que não estão na posse nem são propriedade da autarquia, indiciam que se prepara a curto prazo uma outra negociata entre a Câmara Municipal de Olhão e o Grupo Bernardino Gomes, proprietário do terreno em causa.
Sem querermos estar a esmiuçar os níveis de protecção com que foi blindada a Quinta João de Ourém, entendemos fazer uma breve reflexão sobre o investimento que a autarquia pretende fazer sem que se saiba verdadeiramente quais os objectivos, ou seja a quem vai entregue o novo recinto desportivo.
Isto porque de há muito que se vem falando na necessidade da construção de um campo de treinos para o Sporting Olhanense, que pela nova terminologia é uma Sociedade Anónima Desportiva, ficando assim ao serviço de uma empresa, falida diga-se de passagem, e em risco de desaparecer.
Nada temos contra o histórico clube da cidade, mas a verdade é que ele, tirando os três grandes, era o que mais património detinha, até às eleições autárquicas de 2009, ganhas pelo PS muito à custa do clube, e que estiveram na origem da actual situação, com todo ou quase todo o património hipotecado ou penhorado. pelo que não faz qualquer sentido, depois da destruição do Estádio Padinha como campo de treinos, venha agora a empresa sucessora a recorrer ao erário publico para obter aquilo que antes alienou.
É evidente que não podemos afirmar que o destinatário final seja a SAD do Olhanense, mas tudo leva a crer que sim.
Entretanto, a Fuzeta, que sempre foi um viveiro de jogadores, desde o Januário, Toupeiro, Matias, Ismael ou mais recentemente o Russo ou o Palola, vê-se privada da prática do futebol de onze, com o Sport Lisboa e Fuzeta a definhar, porque, apesar de constar no PDM, a CMO nunca ali construiu qualquer campo, pensando que com um poli-desportivo tapam a boca das pessoas.
O campo utilizado até há uns anos atrás era de propriedade mista de um particular e do Domínio Publico Marítimo, senão apenas deste ultimo, e que os presidentes da câmara, o passado e o actual, bem podiam ter pedido a sua desafectação e entregar a sua gestão à Junta de Freguesia com a finalidade de permitir a prática do futebol de onze na Fuzeta.
É evidente que a febre do betão fala mais alto e grandes negócios se preveem, mas as populações não retiram qualquer beneficio deste tipo de políticas, tornando-se necessário uma mudança, não de pessoas, mas de políticas, que já vimos PS e PSD não serem capazes de encetar. Por tudo isso, nas próximas eleições autárquicas a aposta tem de passar por uma derrota esmagadora destes dois partidos.
3 comentários:
O moço é um artista e quer ter todos na mão,agora dá como candidato à presidência da Assembleia Municipal pelo PS o Drº António Cabrita.
Será que o Drº António Cabrita vai aceitar?
Claro que vai, já não é MRPP-
Nesta palhaçada a que dão o nome república, fado, futebol e tinto nos outros.Agora futebol, muito futebol para embebedar o rebanho.
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