terça-feira, 7 de março de 2017

FUZETA: A CAMINHO DO BOICOTE ÀS ELEIÇÕES!

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Não é a primeira vez que a população da Fuzeta é chamada a boicotar umas eleições e têm todas as razões para o fazer face ao historial de mentiras dos sucessivos governos, agora agravados pelas ideias loucas de um presidente de câmara que quer correr com os pescadores da frente de mar, bastando questionar quem mais que os pescadores devem ocupar aquele espaço. 
A velha e incumprida promessa de  uma barra decente, quando todos os indicadores dizem que o aumento ou diminuição da pesca está associado ao estado de operacionalidade da barra, um autêntico cemitério para quem precisa dela para se fazer ao mar e ganhar o pão de cada dia.
Na actual situação, a barra da Fuzeta está sob jurisdição da Docapesca, Setembro do ano passado, mas nada foi feito, tendo entregue os serviços de lota e vendagem à Associação com o argumento que o volume de vendas não justificava a sua manutenção.
Tal atitude insere-se numa política de acabar com todos os serviços públicos na Fuzeta. A breve prazo fecharão o Centro de Saúde, como transformarão a actual escola primária em pré-escola, quando têm espaço mais que suficiente junto de apeadeiro para prolongar as instalações escolares. No momento, parte dos alunos que deviam frequentar aquela escola, têm de se deslocar cerca de dois quilómetros e frequentar a EB Dr João Lúcio.
Durante o consulado de Passos Coelho e Portas foi decidido acabar com a centenária Freguesia da Fuzeta quando deveriam ter regressado aos limites em que a Freguesia pertencia ao concelho de Tavira. A reposição da Freguesia da Fuzeta, surge assim como uma justa reivindicação da população da Fuzeta, até porque a actual União de Freguesias Moncarapacho-Fuzeta pouco ou nada tem feito pela Fuzeta quando a sua principal fonte de financiamento é precisamente o Parque de Campismo.
O presidente socialista da câmara, em entrevista concedida ao Barlavento, anunciou uma terceira fase em que pretende acabar com o parque de campismo para nele construir um resort, e lógicamento acabará com os estabelecimentos e casas de apetrechos de pesca.
O presidente da Junta, nas Assembleias Municipais, apesar de eleito pelo PSD, em regra, vota nas pretensões do Pina mesmo que o sentido de voto da bancada a que pertence seja contrário.
Ainda que não haja fonte oficial, sabemos já que nos  bastidores autárquicos se fala numa Marina para a Fuzeta, desconhecendo-se a sua localização. No entanto devemos trazer à lembrança do Povo da Fuzeta que na época do Leal se falava num projecto francês para uma Marina no recovo junto aos moinhos.
Conhecendo a apetência do actual presidente de câmara para a deslocalização dos pescadores de toda a frente de mar, como acontece em Olhão, a confirmar-se a ideia, e tendo em conta a construção do tal resort, acreditamos que os pescadores da Fuzeta também serão corridos dos lugares de amarração.
A fazerem algum porto de abrigo, e dado que não querem ver os pescadores numa zona turística, é  muito provável que o venham a fazer no lado nascente do canal.
A Freguesia da Fuzeta tem de regressar e nesse sentido vai a petição posta a circular, mas não pode ou não deve ficar por aí, já que a reeleição do actual presidente da câmara representa uma séria ameaça dos pescadores, com um passado de luta e história na longínqua pesca do bacalhau, ou contra o traçado da construção do caminho de ferro.
 https://ephemerajpp.files.wordpress.com/2013/06/img_2335.jpg
Que o Povo da Fuzeta honre a memória dos seus antepassados, lutando contra esta cambada de patifes.
PELO BOICOTE ÀS ELEIÇÕES!

2 comentários:

Anónimo disse...

Em Olhão e Fuzeta querem tirar os pescadores das zonas turísticas porque o cheiro a peixe, a caca das gaivotas, e todo um conjunto de vida inerente à actividade piscatória melindra o nariz, o olho do turista cinco estrelas da "massaroca". Ao contrário, em Faro querem meter os pescadores no Parque de Campismo da Praia de Faro exactamente no meio da zona mais "In".Porquês que só iluminados desvendam.

Atento disse...

Li esta noticia no Jornal do Algarve sobre essa petição:
O Movimento Pela Autonomia da Fuzeta remeteu uma petição ao Governo e aos partidos políticos representados na Assembleia da Republica, com cerca de um milhar de assinaturas, para a alteração da lei que obrigou à fusão da freguesia da Fuzeta com a de Moncarapacho.

Aquele movimento considera que esta lei “não teve em consideração as profundas diferenças existentes entre estas duas populações, quer de carater cultural quer de âmbito socioeconómico” e que “a experiência já vivida nestes últimos anos foi suficiente para se concluir que a população da Fuzeta não quer continuar com esta união”. E quer que “a verdade histórico-cultural seja reposta antes das eleições autárquicas” do próximo ano.

O documento também foi enviado à Câmara e Assembleia Municipal de Olhão, Junta e Assembleia de Freguesias da União Moncarapacho-Fuseta, para que emitam parecer.