domingo, 3 de fevereiro de 2019

OLHÃO: AS CONTRATAÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Ainda só passou um mês desde o inicio do ano e começa a saga das contratações. Dos contratados o ano passado, pelo menos uma arquitecta ficou pelo caminho, sendo substituída por outro arquitecto.
Acontece que verificando o mapa do pessoal, constatamos que o gabinete de apoio ao presidente tem sete elementos, começando por um chefe de gabinete à semelhança do primeiro ministro que o presidente não é menos que o outro. Como não chagasse a barafunda do gabinete de apoio ao edil, vemos repetir-se o mesmo por outras bandas municipais.
Assim, o Departamento de de obras municipais tem no seu quadro duas arquitectas; a divisão de gestão urbanística, que integra o Departamento, tem cinco arquitectas. Só aqui já vão sete, mas não fica por aqui. É que, dos arquitectos contratados em regime de avença durante o ano de 2018, três ainda não acabaram os respectivos contratos e surge mais um novo, ou seja, o numero de arquitectos contratados são quatro, totalizando onze arquitectos.
Se bem que os chefes não estejam lá para trabalhar mas mandar, ainda assim, são nove, um numero muito elevado para a quantidade de projectos a analisar, mal se percebendo como levam tanto tempo para responder ou aprovar. Mas será que eles foram contratados para fazer ou para deixar por fazer? Já estou como o outro que dizia que o melhor serviço é aquele que fica por fazer!
Importa também verificar que se de facto é assim tanta a necessidade de pessoal, porque não abrem concurso para admissão dos tecnicos? É verdade que sabemos como se fazem os concursos, com duas componentes, a técnica e a entrevista, em que a ultima prevalece sobre a primeira, o que permite ao júri alterar a classificação. Sem intenção de beneficiar alguém, como já aconteceu, quando o cunhado do presidente ganhou o concurso para director financeiro da Ambiolhão. Tudo limpinho! Mas ainda assim, seria através de concurso que estes arquitectos deveriam ser admitidos, pela simples razão de que vão ocupar lugares efectivos desde que previstos no mapa do pessoal.
Claro que aos donos da autarquia não interessa isso, porque depois de admitidos pode haver divergências, como aconteceu no final do ano, com um chefe de divisão a entrar em rota de colisão com a vereadora do pelouro.
Enquanto estiverem sobre a alçada de um contrato, têm que ir ao beija-mão se não mesmo lamber o cu do patrão ou não o verão renovado. No fundo eles estão lá para obedecer e não podem ter ideias próprias, até porque podiam saber mais que quem manda. A precariedade como forma de manter o Poder é o que está a dar.
E nós, os otários do costume? PAGAMOS!

1 comentário:

Anónimo disse...

Atenção que a APA e o Parque estão a fazer fiscalização aos pneus e plásticos nos viveiros,dissem que agora vai doer.