Daqui a uns dias vai ter inicio mais um festival de marisco e começam a delinear-se as despesas que aquilo comporta, e não são poucas.
É ponto assente que todos os eventos estão acessíveis à população de Olhão, uns pagando e outros se tiverem algum amigo que desenrasque uns bilhetes. Ninguém se poderá queixar que as pessoas da cidade não poderão lá ir. Com o figurino que se apresenta, este festival deixou de ter como destinatário o Povo de Olhão mas antes um cartaz para atrair pessoas de fora, mas isso também tem os seus inconvenientes.
Se já é difícil circular e estacionar na baixa de Olhão, pior se torna no período que antecede, dura e após a realização do festival pela ocupação de uma faixa de rodagem e estacionamento. Claro que há beneficiários, e esses batem palmas, mas também os prejudicados como os operadores dos Mercados. Mas não há problema, está tudo controlado, dizem eles!
Mas descontrolada está a despesa e por isso ninguém sabe as contas do Festival, ano após ano. Por isso trazemos à luz algumas das despesas já contratualizadas.
Para a segurança vão mais de 15.000 euros, para a instalação electrica são só mais de 10.000, para o espectaculo de abertura quase 17.000, mesas e cadeiras cerca de 12.500, som luz e vídeo 49.850, stands, tendas, pórticos e vedação mais de sessenta mil, num total de perto dos cento e setenta mil euros. Faltam os artistas e o pessoal para alem de outras despesas e ainda o eterno desfile de vaidades da mesa dos cardeais a mamar à grande e à francesa com o contribuinte a pagar.
A fazer fé no relatório e contas do ano passado, com menos de trinta mil pagantes, para uma receita de cerca de 190.000 euros, é expectável que venha novo prejuízo a caminho, uma vez que já estamos perto da previsão de receitas. Nada que importe, já que o resto dos otários pagarão a diferença.
Todos os anos se repete este cenário e por diversas vezes foi declarado que havia a necessidade de alterar o figurino, mas há uma forte resistência à mudança. Afinal assim é que está bem! Mudar para quê? Porque dá prejuízo? Uns pagam e outros mamam e assim é que deve ser!
1 comentário:
Definição de “Ladrão “ de François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudónimo Voltaire:
Na vida, existem dois tipos de ladrões:
1- O ladrão comum: é aquele que rouba o seu dinheiro, a sua carteira,o seu relógio, o seu cavalo, etc.
2- O ladrão político: é aquele que rouba o seu futuro, os seus sonhos, o seu
conhecimento, o seu salário, a sua educação, a sua saúde, as suas forças, o seu sorriso, etc.
A grande diferença entre estes dois tipos de ladrões, é que o ladrão comum escolhe-o a si para roubar os seus bens, enquanto o ladrão político é você que o escolhe, para ele o roubar.
A outra grande diferença, não menos importante, é que o ladrão comum é procurado pela polícia, enquanto o ladrão político é geralmente protegido pela polícia.
Pense bem antes de escolher o “seu“ ladrão…
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