quinta-feira, 8 de agosto de 2019

OLHÃO: GRÃO A GRÃO SE GASTA O DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES

Já aqui demos conta de parte das despesas do Festival de Marisco e hoje voltamos à carga porque já são conhecidos os cachets pagos aos artistas, sem com isso pretender colocar em causa o valor artístico de cada um deles.
Na primeira leva de números, chegámos a um valor muito próximo dos cento e setenta mil euros a que temos de juntar os cento e sessenta mil dos artistas, ou seja um total parcial de trezentos e trinta mil euros, acrescidos de IVA.
Falta ainda saber mais umas verbas coo as dos gastos com a publicidade, o pagamento dos funcionários, os consumos de electricidade e de agua e ainda da degustação gastronómica dos meninos feitos ricos à custa da política.
Da soma disso tudo, 330.000 mais sessenta mil de IVA e o que ainda falta apurar, as despesas do Festival estarão muito perto dos quatrocentos e cinquenta mil euros. Pelo lado da receita, e fazendo fé nas contas apresentadas pela Fesnima, serão cerca de cento e noventa mil euros das entradas a que acrescentaremos o aluguer das tendas, um valor muito abaixo das despesas. Por alguma razão, o Festival é cronicamente deficitário.
Uma das questões que desde sempre temos levantado é a necessidade de ter uma empresa para a promoção de ventos, continuando nos dias de hoje a haver uma sobreposição de contratos por parte da empresa mãe, o Município, o que retira qualquer transparência aos números. Desde sempre que a Câmara vem defendendo a necessidade da sua empresa para poder deduzir o IVA. Acontece que a Fesnima só conseguirá deduzir o IVA se a cobrança de bens e serviços forem pelo menos da mesma grandeza que a aquisição. Ora  a Fesnima não obterá nem de longe e menos ainda de perto a recuperação do IVA à custa do Festival, tendo que procurar noutro lado essa recuperação.
E porque de há muito que defendemos a mudança de paradigma do Festival, lembramos que no Plano Director Municipal, aprovado em 1995, está previsto a criação do Parque Urbano, um parque com uma tal dimensão que dá para fazer feiras, festivais e outros eventos, criando infraestruturas fixas comuns a todos os eventos que ali queiram promover. E quando falamos nas infraestruturas, estamos a falar no monta/desmonta de tendas durante todo o ano e que consomem uma enormidade de dinheiros públicos. É que não é apenas o Festival do Marisco, temos a semana da criança e do ambiente, a feira do livro, o festival dos piratas externos à autarquia, a feira de S. Miguel, feira de velharias, entre outros. Ter um espaço próprio e dinamiza-lo!
Já agora lembramos que o mês de Maio é o mês do caracol como a partir do S. João temos a sardinha.
Claro que enquanto a autarquia apenas olhar para a zona ribeirinha e esquecer o resto da cidade e do concelho, não haverá Parque Urbano e muito menos se mudará o figurino do Festival da mamagem! 

1 comentário:

Anónimo disse...

Definição de “Ladrão “ de François-Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudónimo Voltaire:

Na vida, existem dois tipos de ladrões:

1- O ladrão comum: é aquele que rouba o seu dinheiro, a sua carteira,o seu relógio, o seu cavalo, etc.

2- O ladrão político: é aquele que rouba o seu futuro, os seus sonhos, o seu

conhecimento, o seu salário, a sua educação, a sua saúde, as suas forças, o seu sorriso, etc.

A grande diferença entre estes dois tipos de ladrões, é que o ladrão comum escolhe-o a si para roubar os seus bens, enquanto o ladrão político é você que o escolhe, para ele o roubar.

A outra grande diferença, não menos importante, é que o ladrão comum é procurado pela polícia, enquanto o ladrão político é geralmente protegido pela polícia.

Pense bem antes de escolher o “seu“ ladrão…