O planeta foi transformado numa pequena aldeia global em que, não só a circulação de bens e serviços se faz em poucas horas, como também a propagação de doenças. Mas os nossos responsáveis ignoraram os riscos e por isso encontramos-nos hoje na situação em que estamos.
Foi essa ignorância e a politica de cativações com que degradaram o Serviço Nacional de Saúde, não adquirindo bens essenciais ao bom funcionamento dos estabelecimentos de saúde, como a simples lexivia, medicamentos, toalhas, pijamas e muitos outros elementos básicos, para não falar das mascaras e luvas.
Muito se tem falado no caso de Ovar, pouco se dizendo que foi numa Unidade de Saúde Familiar que surgiu a contaminação de pessoal em serviço que não tinham os meios adequados à protecção contra a contaminação e de outros doentes que ali acorreram.
As autoridades portuguesas não cuidaram de se prevenir para a possibilidade de uma epidemia adquirindo equipamentos e meios, digamos, de defesa, como mascaras, luvas desinfectante e outros.
Ao contrario, permitiram o açambarcamento daqueles produtos e uma subida de preços demasiada grande deles, o que deixou desprotegida a maioria da população.
Embora no País exista um fabricante de mascaras, a verdade é que ele levou a exportar porque as autoridades portuguesas não as requisitaram em devido tempo, razão pela qual ainda hoje temos funcionários do Hospital de Faro a trabalhar sem mascaras.
Entretanto foi decretado o Estado de Emergência, na prática uma suspensão temporária da democracia, tal como o havia sugerido, nos tempos do Passos Coelho, a antiga ministra Ferreira Leite. Tal decisão foi apoiada pela direita nacional, desde a mais democrática até à mais retrograda.
Essa suspensão da democracia dá ao governo o poder de decretar todas as medidas que entenda quanto aos trabalhadores, como a suspensão do direito à greve, mas também de os obrigar a trabalhar nem que para isso tenha de proceder á requisição civil, mas não obriga o patronato a cumprir com as recomendações para protecção dos trabalhadores, disponibilizando as mascaras e luvas com as quais devem trabalhar.
Ainda esta manhã, um negro se queixava disso mesmo, e a quem o patrão respondeu que se abrisse muito a boca ainda lhe faltaria também o salario, ou seja poderia despedi-lo; numa outra situação, uma trabalhadora de um lar se queixava de que o patrão lhe dissera que a mascara era para durar quinze dias.
Como não podia deixar de ser, alguns trabalhadores do grupo Câmara Municipal de Olhão, estão mais ou menos nessa situação apesar das "boas intenções" anunciadas pela presidente da autarquia, como se pode ver em http://www.cm-olhao.pt/destaques2/2834-estado-de-emergencia-medidas-municipio-de-olhao. É curioso verificar como a autarquia pretende assegurar a falta de funcionários da recolha de resíduos por doença mas não acautele que os mesmos tenham mascaras para trabalhar.
As sucessivas falhas de comunicação e as omissões não contribuem para o esclarecimento das pessoas, pelo contrario. Com uma comunicação social mórbida e ávida de sangue, mais contribuindo para o alarme social e fomentando o medo, o poder politico decretou o Estado de Emergência, uma tentativa para silenciar a denuncia das falhas quando deveriam educar as pessoas no bom sentido do recato, distanciamento social e higienização.
Educar, formar sem reprimir, sem condenar as pessoas a prisão domiciliaria. Não será trancando as pessoas em casa que vão combater a praga, mas sim criando as condições que evitem a propagação da doença.
Forneçam mascaras, luvas, e desinfectantes quanto baste, não deixem a população desprotegida, como têm feito até aqui.
Gostem que não gostem, e porque ainda vivemos em democracia, se não concordo, tenho o direito de o manifestar da mesma forma que aqueles que defendem a restrição de direitos, liberdades e garantias. Apenas tenho de observar as recomendações técnicas para evitar contaminar e ser contaminado, até porque fazer parte do grupo de risco.
1 comentário:
Eu que tenho a sexta classe desde que isto começou na china já previa isto no mercado de Olhão eu disia ao pessoal eles diziam que eu estava maluco,a agente tem calor o sol mata o vírus diziam todos eu infelismente vivo com um vírus desde 1989 graças a DEUS está controlado mas tenho que fazer madicacao para o resto da vida tenho um pouco de experiencia como os vírus atuam no ser humano,e essa diretora da saúde é muito fraca não falando da ministra que devia de ir estudar mais uns anos tivemos um outro vírus em 2003 esse foi fraco,isto são tudo vírus de laboratorio segundo artigos que já li esta previsto outro pior em 2030 os chineses assim vão ser os donos do mundo.
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