Depois da intervenção na Rua Mestre Manuel Martins Garrocho, preparam-se mais duas, nas perpendiculares à Avenida da Republica em direcção a nascente. Mais uma operação de cosmética, já que esta é uma zona com problemas de esgotos com algumas casas a sofrerem intrusões de agua do mar pelos esgotos.
A rede de esgotos domésticos funciona em circuito fechado e para haver intrusão de agua do mar, em dias de marés vivas, significa que os esgotos dessas casas estão ligados à rede de aguas pluviais. Assim, deitar mais um tapete de alcatrão sem corrigir o que está mal por debaixo dele, é o mesmo que estar a jogar o lixo para debaixo do tapete.
Mais, quando se fala na apresentação das ruas cidade, não basta que as pessoas colaborem, já não se pede que limpem mas que não sujem. Tal só será possivel com uma mudança de mentalidades mas também temos de perceber que se as ruas apresentam autenticos cachos de fios electricos e de telecomunicações, dando um ar abandalhado, é natural que os seus cidadãos não sintam da mesma forma a necessidade de manter a cidade limpa. Errado, mas como em tudo, o exemplo tem de vir de cima e não de baixo.
Quando uma autarquia resolve dar um outro aspecto, mandando alcatroar as ruas, sem cuidar de resolver o que está ou devia estar por debaixo, não vamos a lado algum. Ninguem diz que se faça num ano ou num mandato, mas que é preciso haver uma decisão, calendarização e iniciar as obras.
Se tomar decisões num gabinete à porta fechada, bem podem ir para o Restaurante Primo e consumir os onze mil euros, mais IVA, resultantes do contrato que fizeram com aquele restaurante. À mesa e perante uma boa garrafa de vinho tomam-se boas decisões! Será desta?
A menos de um ano das eleições autarquicas e estando impedir de fazer publicidade institucional em matérias de obras ou outras que possam ter influencia no sentido de voto dos eleitores, antecipa-se o calendario propagandistico apresentado obras umas após outras.
É assim com a assinatura do contrato para a construção da habitação a custos controlados, anunciados em Setembro de 2017, Quatro anos depois, é assinado o contrato! Mas ainda não entra em vigor, ficando a aguardar o visto do Tribunal de Contas. Serve no entanto como propaganda, embora só vá estar pronto em finais de 2022.
Não estejam a pensar que este contrato foi assinado à mesa do Primo porque foi electronicamente!
Uma coisa é certa, é que se houvessem eleições todos os anos, as obras seriam feitas de forma pausada mas assim e daqui até Março, altura em que serão marcadas as eleições e proibida a publoicidade institucional, vamos ver o corrupio de obras. Muita cosmetica para meia duzia de meses depois começar a partir os novos tapetes.
Não bastava o alcatrão que enche a cabeça do presidente senão ainda mais este!
Sem comentários:
Enviar um comentário