Esta manhã caiu um bom pé de agua mas não o suficiente para descambar na inundação das ruas Diogo Mendonça Corte Real, das Lavadeiras, dos Lavadouros e outras até ao Auditorio Municipal.
Desta vez, tambem não podem justificar as inundações com a maré cheia, embora estivesse a encher.
Aquilo que nos foi dado apreciar foi a corrente de agua que vinha da Avenida da Republica em direcção ao Porto de Pesca, particularmente pela rua Diogo Mendonça Corte Real que mais parecia um ribeiro que uma rua. Talvez aquilo seja uma rua do terceiro mundo, com a agua a pular os pequenos passeios para desaguar no imenso leito que são as ruas em obras.
Tambem não podem justificar com algum entupimento dos sumidores de aguas pluviais existentes na zona, já que estes estavam a escoar bem.
Sabemos que o presidente mandou limpar a rede de aguas pluviais na baixa de Olhão mas esqueceu que as outras zonas precisam do mesmo tipo de tratamento, pelo menos enquanto não forem encetadas obras de fundo, com a substituição da obsoleta rede de aguas pluviais, subdimensionada que está. A cidade cresceu bastante mas as infraestruturas não acompanhou aquele crescimento.
E se isso já era motivo para criticar a gestão que a autarquia faz das redes de saneamento, com as chamadas ligações "clandestinas" de esgotos, não será menos se pensarmos que o calendario eleitoral leva à execução de obras de repavimentação das ruas em epoca de chuvas, sim porque é previsivel que nesta altura do ano chova.
E se hoje choveu, nos proximos dias, teremos mais do mesmo conforme nos diz o IPMA de acordo com a imagem que reproduzimos acima. Uma semana de chuva, que impede o fim das obras, mas que pode alagar a zona mais algumas vezes.
Cafés, restaurantes e outras casas de comercio, viram os seus espaços invadidos pelas aguas, alguns com prejuizos materiais que a autarquia devia agora assumir a responsabilidade. Não basta a pandemia senão ainda as pessoas terem de levar com o adiar de soluções.
Mais uma vez chamamos a atenção para a necessidade urgente de começar a renovação das redes de agua, esgotos e aguas pluviais em toda a cidade. Ninguem pede que se faça num ano ou num mandato, mas dividir a cidade em zonas, fasear as intervenções a realizar e passar do discurso às acções, sem olhar ao calendario eleitoral.
Basta de obras de dar no olho mas de utilidade duvidosa para os residentes. Uma cidade com saneamento deficiente ou inexistente, é uma cidade do terceiro mundo, por mais betão ou alcatrão que utilizem.
Apostar num presidente com a cabeça cheia de betão e alcatrão não vai trazer nenhum bem estar á maioria dos residentes!
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