quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

OLHÃO COM OBRAS DE Sª ENGRÁCIA

 Em 2013, Pina apanhava um banho de multidão no Auditório Municipal que aproveitou para enganar os incautos viveiristas que ainda acreditam no pai natal, quando ele anunciou que tinha 500.000 euros para acabar com os esgotos directos para a Ria Formosa.
Desde o inicio de funcionamento da ETAR Poente de Olhão que os viveiristas apontavam o dedo à poluição na Ria e aos poucos foram-se organizando num movimento designado de Avisar Toda a Gente; em 2004, a Câmara Municipal de Olhão, num laivo de democracia anunciou e avançou para a realização da Agenda 21 Local em que o item mais votado foi o do combate à poluição na Ria; Agenda rasgada de imediato.
Em Novembro de 2013, toda a Ria foi desclassificada na sua totalidade, mas passados uns meses lá arranjaram maneira de permitir o acesso ao trabalho dos viveiristas, mas a poluição continuou e continua por mais que dourem a pilula.
Em 2017, o Pina anunciava que pretendia acabar com a poluição provocada pelos esgotos directos, como se pode ler em https://jornaldoalgarve.pt/olhao-quer-acabar-com-descargas-ilegais-em-quatro-anos/ .
Uma luta que tem mais de dez anos e continua, dando origem a uma enorme fotonovela.
Chegados aos dias de hoje e depois de tanta promessa e mentira, a realidade dos esgotos da cidade continua na ordem do dia, como o veio a demonstrar as obras de repavimentação da Rua Diogo Mendonça Corte Real, de tal forma que ainda hoje não sabem o que fazer.
Já agora devemos lembrar que as obras nos Jardins Patrão Joaquim Lopes e dos Pescadores estão sendo feitas com recurso a dinheiros do Fundo Ambiental, que teriam melhor proveito se fossem utilizados na correcção dos esgotos.




Deste conjunto de imagens ressalta que só existe um colector, não existindo uma rede separativa de saneamento, como sempre afirmámos; a manilha que se vê partida foi o que sobrou da ligação do esgoto destruido da casa em frente e que o ligava ao colector.
Nunca foi intenção da Ambiolhão ou da câmara resolver este problema e menos ainda partir o novo tapete, tentando fazer crer que se tratava de ligações clandestinas à rede de aguas pluviais, mas agora fica a confirmação de que só há um colector, misto, com a dupla funcionalidade e que mais adiante vai ligar à rede de aguas pluviais e por fim desaguar na Ria, sem qualquer tratamento.
Uma parte significativa da rede de saneamento apresenta o mesmo problema e a sua correcção leva tempo e uns milhões. Dirão alguns  que a autarquia não tem meios para fazer face a um investimento tão grande tendo em conta o seu orçamento. Puro engano.
Ninguem pede que se faça num ano e talvez um mandato seja curto, mas é preciso uma decisão, dividir a cidade por zonas e calendarizar as intervenções de acordo com as disponibilidades da autarquia, aliadas  aos fundo comunitários, como os do Fundo Ambiental.
Claro que é uma decisão politica e sobretudo do presidente que concentra nele todo o poder decisório; nada se faz sem o aval dele. Enjeitar responsabilidades e deixar que os técnicos fiquem mal vistos não será a melhor resposta.
Dizer também que é na época estival, no Verão, que não há chuvas, que são visiveis diariamente, duas vezes, as descargas das supostas redes de aguas pluviais.
Digam agora que são fake nweus. É preciso ser-se muito pequeno, realmente!

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