Como é do conhecimento geral, vivemos um momento de pandemia que veio para ficar por muito tempo, razão pela qual não se preveem a realização de quaisquer eventos, sejam eles de iniciativa privada ou publica.
E se por acaso houvesse alguma iniciativa privada, a câmara, tão lesta a proibir as pessoas de se sentarem nos bancos da avenida, tinha a obrigação de lhes pôr cobro, o que parece não ser sua intenção, apostando até na sua promoção. Será?
Vem isto a propósito de um recente contrato celebrado pelo municipio de Olhão para aquisição de brindes para eventos de indole cultural, educativa e recreativa, organizadas por entidades locais em cooperação com o municipio, fazendo fé no que está escrito no contrato que pode ser lido em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/927671.
Por um lado, Pina tenta fintar as responsabilidades que lhe cabem, promovendo as festas em nome de terceiros, a tal cooperação. Se forem levadas a cabo por organizações próximas do Poder autárquico, então terão a "cooperação", caso contrário, manda-se a policia municipal para acabar com o estrafego. Mas será isso?
Num ano em que há eleições, celebrar um contrato, de todo evitavel, com a duração superior ao que resta de mandato, é o mesmo que estar a dizer que a alternância de poder é uma miragem. Tal só é possivel pelo desinteresse da politica por esta não corresponder aos anseios da população. E isso é promovido pela politica e classe politica dominante.
Adquirir brindes num montante total superior a setenta mil euros, ainda que divididos por três anos, sem eventos previsiveis, é muita fruta e mais ainda quando se sabe que a verba pode ser consumida num só ano.
Não estou em condições de afirmar, mas tudo me sugere, que o Pina está a usar os dinheiros publicos para financiar a campanha da sua recandidatura, adquirindo brinda a distribuir no momento certo, a campanha eleitoral.
Lá vão os eleitores olhanenses ser bombardeados com uma generosidade, que só surge de quatro em quatro anos, e os papalvos ainda acreditam nele.
Continuem assim e depois queixem-se à mesa do café.
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