domingo, 17 de janeiro de 2021

OLHÃO: POLUIÇÃO, UM CRIME IMPUNE!

 

O video acima, foi-nos enviado por um cidadão anonimo a quem agradecemos porque ilustra bem a mentira do combate à poluição nesta cidade.
Pelas imagens, é possivel descortinar o ponto de descarga, ali no topo norte do porto de pesca, perto do extremo nascente.
Aquele ponto de descarga pertence à Docapesca, a entidade que tem jurisdição sobre no espaço envolvente ao porto de pesca, mas ainda que não pertençam à Ambiolhão, não isenta a câmara municipal de responsabilidades no caso.
As imagens sugerem, e não vamos afirmar que sim, que o efluente descarregado será da utilização de soda caustica numa das fabricas situadas no perimetro do porto de pesca. A soda caustica, nestas fabricas, é utilizada para eliminar gorduras em grelhas ou cabazes. Mas mesmo que não se trate da soda, será pela cor, uma descarga ilegal.
Claro que o presidente da câmara fica calado, protegendo ou encobrindo o criminoso que fez esta descarga, com a desculpa de que é da responsabilidade da Docapesca.
Para o licenciamento da construção das fabricas, é preciso apresentar um projecto de especialidades onde se incluem as infraestruturas. O próprio regulamento do PDM, prevê a ligação dos esgotos à rede publica, o que não é o caso apesar da localização, pelo que a autarquia tratou de facilitar a vida a alguem quando a outros com menos capacidade, persegue.
Certo é que estamos perante uma descarga poluente susceptivel de configurar um crime ambiental perante as autoridades ambientais, porque crime é efectivamente já que põe em causa a vida na Ria Formosa. 
Encher a boca com os mais de dois milhões de euros gastos no saneamento de Olhão Nascente e depois assistirmos a isto dá que pensar. Então onde é que fica Olhão Nascente? Na Praia dos Cavacos?
Certo é que a Ria Formosa está cada vez menos formosa e mais poluida sem fim à vista, apesar de virem 1,2 mil milhões, nos próximos dez anos, para a região algarvia, dos quais uma parte se destinam a projectos autarquicos. Esperemos que o acesso ao pote dos fundos comunitários sirva para acabar de vez com os esgotos directos para a Ria, tendo em conta os impactos económicos, sociais e ambientais que uma tal medida teria.
À semelhança do que aconteceu com o mercado de rua, torna-se necessário criar um amplo  movimento de pessoas ligadas à Ria mas também de cidadãos interessados na qualidade da mesma e obrigar o presidente a apresentar um projecto para uma nova rede de infraestruturas, indispensavel ao desenvolvimento harmonioso da cidade.

3 comentários:

Atento. disse...

Porque será que ninguém faz da ria nada sobre a poluição na ria formosa?

Atento. disse...

Noticia do Jornal do Algarve sobre a implantação de um viveiro de amêijoas machas e boas, em Alto Mar ao largo de Alvor, diz entre outras o seguinte:
E afinal as 600 toneladas de produção anual previstas para a empresa representarão no futuro cerca de 15% da produção legal total de amêijoas no Algarve, mas cairá para os 3% se considerarmos a soma da produção legal e da imensa outra que escapa ao controlo das autoridades, que ascenderá a 20 mil toneladas, segundo disseram esta semana ao JA fontes do setor.
Quer esta noticia dizer que a máfia esconde o resto da apanha de amêiojas?

Atento. disse...

prepara-se um ataque à Rede Natura 2000 e à REN e RAN,em Olhão mas está tudo calado.