quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

OLHÃO: O NUCLEO DE APOIO À SAÚDE PUBLICA

 Depois de ter sido anunciado pelo Olhão Livre a criação do Nucleo de Apoio à Saúde Publica, o presidente da câmara municipal de Olhão logo se prontificou para a fotografia e disso fez noticia que enviou para a imprensa regional, sem divulgar a verdadeira realidade do nucleo.
O Nucleo é constituido por funcionarios da autarquia, cerca de 30, cerca de duas dezenas de tecnicos da ARS e ainda da protecção civil, sendo dirigido pela delegado de saúde.
Com o aumento do numero de casos a aumentar, em claro descontrolo, tornava-se necessario criar um grupo de trabalho capaz de proceder ao acompanhamento da situação em tempo real, dado que deixar tudo nas mãos do do delegado de saude era um suicidio, tal a dimensão do problema.
Os doentes infectados e que deveriam estar em isolamento profilatico não estavam a ser devidamente acompanhados, sem qualquer fiscalização, podendo passear o virus pelas ruas, porque não existiam listas de tais doentes e menos ainda era dado conhecimento às policias para verificar se estavam a ser cumpridas as normas de isolamento.
Embora o presidente não divulgue os numeros, são centenas de casos diarios que o grupo criado tem de trabalhar, procedendo  a inqueritos dos sintomas   e mandar fazer novos testes se necessario.
Não podemos de deixar de reconhecer a utilidade da criação deste nucleo mas também não deixamos de dizer que foi a ausência de numeros, o secretismo criado em torno deles e uma displicente actuação das entidades envolvidas, particularmente da câmara, que levaram  a esta situação.
Se os doentes que deveriam ter ficado em isolamento não foram vigiados, ainda que denotando alguma irresponsabilidade, a verdade é que se sabia que isso poderia acontecer, pelo que deveria ser automaticamente comunicado às autoridades para proceder à sua monitorização, mas preferiram silenciar para que as pessoas não tomassem conhecimento da realidade.
Já chamámos a atenção para o facto do Covid estar na origem de uma doença tipica do Outono/Inverno. O comportamento dos portugueses em geral e dos olhanenses em particular, não foi pior no Natal e na passagem de ano do que no Verão, época em que houve mais ajuntamentos e festas, pelo que só se compreende o agravamento da pandemia, se olhada do ponto de vista climático. Claro que o poder politico prefere responsabilizar as pessoas, enjeitando as responsabilidades que lhe cabem por não se ter preparado a tempo ( no Verão) para o que viria.  
Manter encaixotados os ventiladores sem ter verificado se estavam operacionais; a não contratação de intensivistas para trabalhar com eles; o despedimento em plena pandemia, de enfermeiros contratados e agora agravado com a falta de oxigenio são uma amostra do que tem sido a gestão politica na crise sanitária. Onde páram os teste rapidos há muito prometidos?
Palavra dada, palavra honrada, dizia o Costa em campanha eleitoral!

1 comentário:

Anónimo disse...

O Presidente Pina tem feito algumas coisas boas, agora recorrer ao adjunto arrogante e sem qualquer formação para intimidar os comerciantes não está correto.