Os nossos autarcas de tudo têm feito para convencer dos beneficios da modernização do concelho sem ter em conta a situação de quem aqui vive.
A população do concelho precisa que sejam criadas as condições para a empregabilidade, e essa tem de ser a principal prioridade, gostem ou não.
Até agora o eixo do desenvolvimento passou pela promoção turistica da frente ribeirinha, com o qual alimentaram os patos bravos da construção civil e alguns grupos económicos com maior poder. Este é um eixo essencialmente sazonal, sendo o segmento sol/praia o seu principal motor. Baixa empregabilidade e tão sazonal quanto a sua actividade.
Já aqui chamámos a atenção por diversas vezes para a necessidade de apostar noutras frentes, nomeadamente no sector produtivo, como a agricultura, pesca e industria, aquele que mais trabalho pode criar. Infelizmente o processo de desmantelamento do aparelho produtivo continua sob a batuta do amestro Pina.
É certo que a câmara municipal não tem essa função, mas tem um papel muito importante em todo o processo, senão vejamos. O Plano Director Municipal aprovado em 1995 previa a construção da Zona Industrial de Quatrim que não começou sequer, porque ao que parece a intenção era mesmo acabar com todas as industrias. Nos ultimos anos, o Pina tem vindo a proceder a alterações avulsas daquele Plano e faz contratos com amigalhaços para a elaboração de Planos de Pormenor para areas empresariais de baixa empregabilidade mas de muita valorização dos terrenos.
Uma das formas de promover a empregabilidade, seria a da criação de uma zona industrial cujos lotes fossem cedidos a um preço simbolico, na condição de manterem os postos de trabalho e que mantivessem a actividade pelo menos durante dez anos. Essa atitude podia captar novos investidores.
Aquilo que nos é dado perceber, se inserirmos toda a actuação da câmara, no que à frente ribeirinha diz respeito, leva-nos a pensar que até a Zona Industrial antiga está em risco com tudo que isso implica.
Como sabem, a Bela Olhão vai para hotel e imobiliario de luxo mas tem um inconveniente que é a fabrica do sal. O barulho ali produzido é susceptivel de incomodar os turistas pelo serão aconselhados a procurar outro lugar.
Mas não se ficarão por aí, bastando-lhes fazer um Plano de Pormenor que altere o uso do solo, à semelhança da Bela Olhão, para toda a zona industrial, transformando aquilo num bairro residencial de luxo.
Mas isso significa o fim dos ultimos resquicios da industria na zona mas também da pesca, o que permitirá, no futuro, transformar o porto de pesca numa enorme marina. Lá mais para o final do próximo mandato, caso o Pina seja reeleito, vamos ouvir falar nisso, porque certamente vai continuar a sua aposta turistica.
Já agora, aproveitamos para lembrar que em 2009 foi outro presidente de câmara também socialista, quem deu o maior contributo para a situação da pesca. José Apolinário, presidente da câmara de Faro, recandidato, em vesperas das eleições e tentando ganha-las, mandou depositar as condutas de agua e esgotos no leito da barra, contribuindo para o seu assoreamento. Uma obra dita provisória mas que já leva doze anos!
Se a barra da Armona fosse navegavel, ela permitia chegar ao mar de pesca mais rapidamente e com menores custos. Tal, foi o contributo desta cambada para acabar com a pesca em Olhão.
A concretizar-se a nossa visão do que se programa nas costas do Povo de Olhão, toda a zona a sul do caminho de ferro será uma nova Quarteira!
Cuidem-se!
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