Em Março de 2010, o mar galgou a Ilha da Armona, frente à Fuzeta, tendo espraiado o cordão dunar pela Ria, provocando o desaparecimento das pradarias marinhas.
Para alem das peripécias ligadas à intervenção de emergência com a qual evitaram que a barra aberta pela natureza se mantivesse no sitio, outras houve que deixaram muito a desejar, comofoio caso da Caulerpa Prolifera, uma alga exótica, invasora, infestante e que põe em causa toda a biodiversidade da Ria.
Os plantadores ficaram muito ofendidos quando foram denunciados por ter plantado quatro metros quadrados de alga na Fuzeta, mas depois disso também se veio a saber que a haviam plantado frente à Culatra.
Em Maio de 2011, a Sociedade Polis, de parceria com o CCMAR, fazia uma apresentação onde se dizia que aCaulerpajánão era avistada há mais de cinquenta anos, mas pelos beneficios que lhe encontraram, diziam ser uma espécie a preservar.
Quando há quatro anos atrás, os responsaveis pelo CCMAR foram confrontados com a presença da alga e das suas implicações,não só rejeitaram a paternidade da alga como dissertaram sobre os tais beneficios. E os beneficios estão bem à vista!
Até que no passado dia 2 deste mês, o CCMAR acaba por publicar o estudo que se reproduz na imagem e em que chama a atenção para o facto da propagação da alga poder alterar a estrutura e biodiversidade da Ria Formosa.
Ainda assim, a sua preocupação maior contionua a ser o cavalo marinho embora reconheça que onde se instala a Caulerpa desaparece o alimento para aquele peixe, esquecendo o impacto económico e social que a continua degradação da Ria Formosa comporta.
Mas se é compreensivel que uma associação imbuida de um fundamentalismo ambientalista se pronuncie nos termos em que o faz, já amesma coisa não se poderá dizer das autarquias reinantes na Ria Formosa e está na altura de começarem a explicar para que quiseram a cogestão desta area protegida.
A Ria Formosa tem a classificação de Parque Natural e como tal, no âmbito da transferência de competências para os municipios, passou a ser cogerido pelas autarquias, que passaram a ter responsabilidades na matéria.
Importa por isso, levar as autarquias a elaborarem um plano de erradicação da Caulerpa Prolifera, sob pena de os fundos areno-ludosos deixarem de ter vida. Mas como já percebemos que as principais autarquias desta zona da Rianão está interessada em resolver este problema, no dia 26 de Setembro devem mostrar-lhes o cartão vermelho.
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