Na semana que findou, foi noticia a apresentação do projecto final da circular de Olhão, parecendo que a obra vai começar no imediato. Desenganem-se porque nem tão cedo tal vai acontecer se é que alguma vez será feita!
O acto de apresentação foi apenas de participação na campanha eleitoral, dando vantagem ao executivo camarário. Já todos sabem que estes organismos ditos independentes mas cujas direcções são nomeadas pelo poder politico e como tal devem obediência ao dono, ou seja, num momento em que o partido precisa do socorro deles para ganhar mais uns votos, é conveniente dizer que se vai fazer, mesmo que nada se faça.
Em 2017, ainda a anedota ministerial era outra, teve direito a tenda montada na 125 para anunciar a circular. Passsaram quatro anos e está tudo na mesma.
Em 2019, de formamuito conveniente, o governo alterou a Lei em matéria ambiental, criando o Titulo Unico Ambiental, no qual estão expostos todas as fases do processo. No caso da circular, aquele titulo mantem-se valido até 2023, pelo que se aproxima do fim da sua validade, deixando duvidas quanto à concretização da obra. É que, de acordo com a noticia vinda a lume, para alem da elaboração do projecto final, ainda terá de ser submetido a concurso publico e esperar pelo visto do Tribunal de Contas, o que pode arrastar o processo para além do prazpo de validade do TUA.
Sendo assim, a apresentação do traçado final, com a exibição de imagens e direito a publicitação na imprensa regional, não é mais do que uma operação de campanha eleitoral, em que é violado o principio de neutralidade e imparcialidade a que estã obrigadas todas as entidades publicas e neste caso a Infraestruturas de Portugal.
Mais importante que a circular era a criação de postos de trabalho em cada concelho por forma aque as pessoas não tivessem a necessidade de migrar todos os dias para sustentar a familia, e bem assim terem de se fazer à estrada porque não há uma rede de transportes publicos capazes.
As grandes infraestruturas localizam-se todas em Faro, não sendo distribuidas pela região por forma a levar a empregabilidade a outras cidades.
Se pensarmos na quantidade de postos de trabalho do Hospital de Faro, da UALG, do Aeroporto para não falar em todas as direcções regionais de institutos publicos ou serviços do Estado, percebe-se bem a razão do fluxo de transito a caminho de Faro.
Já vem muito de trás, o abandono a que os governos têm votado a região, não dinamizando ou promovendo a empregabilidade de forma harmoniosa por toda a região, concentrando todos so seus serviços numa só zona. No fundo é a capital e o resto, a paisagem. Quem corrige esta assimetria?
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