A quarta requalificação na frente de mar de Olhão, pelo menos está anunciada. Mas é preciso ler nas entrelinhas e não só o que prepara nesta zona.
Parte do entulho deitado ali foi autorizado pela câmara municipal de Olhão, especialmente as lamas que foram retiradas no inicio da construção do Delmar, junto à policia, o que não aconteceu por acaso.
O Pina já nos habituou à apresentação parcial dos seus projectos, dessinseridos do contexto real, para que as pessoas não possam criar mais problemas, sendo este mais um exemplo.
Cada um come do que gosta, não sendo obrigados a comer daquilo que os outros nos querem oferecer!
No presente video que já tem algum tempo mas foi pouco divulgado, o Pina vem apresentar a quarta requalificação, para a qual se preparou rodeado de um certo secretismo, alterando a delimitação da reserva ecologica, para a poder levar a cabo.
Sem a alteração efectuada não seria possivel construir o hotel previsto para a horta da câmara, e esse éo seu principal objectivo, vendendo primeiro o espaço, para depois instalar os bares e balnearios de apoio às "praias urbanas" e criar o novo espaço verde, onde mais tarde pretende realizar o festival de marisco.
Assim e sem que as pessoas se apercebessem, foi promovendo os aterros necessarios para a nova area verde. Até aqui tudo bem!
Pretende também, aproveitando os taludes das salinas para fazer um passadiço em madeira até à antiga ETAR Poente. E aí estamos contra, já que o movimento das pessoas vai provocar o stress das aves, sendo que logo ali se encontra o caimão, uma espécie protegida e que é por via disso o simbolo do Parque Natural da Ria Formosa. Portanto quando o Pina vem falar na observação de aves deveria antes levar as pessoas por outras zonas.
E tanto assim é que, embora estando ao abrigo do Regulamento do Parque Natural da Ria Formosa, acabou por fazer uma estrada nova, o que aquele Regulamento não permite, até às imediações da antiga ETAR.
Entretanto, a empresa explorador da flor de sal, apresentou um projecto para a construção de novo edificio o que foi rejeitado pelo Parque e criou um diferendo entre a câmara e o Parque.
Claro que o objectivo final, é virar toda a frente de mar para o turismo e daí até à criação das "Salinas do Mar Morto", onde é fornecido um tratamento à base de lamas das ditas salinas.
Acontece que as salinas estão localizadas, paredes meias com a antiga ETAR e aqui ficam-nos muitas duvidas quanto à legalidade desta coisa. É que a zona de produção de bivalves Olhão 3 vai até ali e como se sabe está interdita a apanha de bivalves por contaminação microbiologica. E aqui coloca-se a questão de saber se o substrato (lama) onde é produzida a ameijoa está contaminado como não estão contaminadas as lamas das salinas, se o movimento das marés também levava para lá a poluição resultante da ETAR?
Isto é que éuma requalificação!
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