quarta-feira, 26 de outubro de 2011

RIA FORMOSA VAI AO FUNDO

O molhe levante da Barra de Tavira ameaça ruir por lhe faltar o assentamento de areia, tal como acontece com o molhe poente da Barra Faro/Olhão.
A ameaça em causa deriva do mau estado geral e abandono da Ria Formosa por parte das entidades responsáveis a ARH, presidida por Valentina Calixto e o Parque Natural da Ria Formosa que tem como coordenador um tal João Alves e que há muito deveriam ter sido afastados dos cargos que ocupam.
As barras naturais estão todas assoreadas apenas permitindo o fluxo e refluxo das marés a partir de meia maré ocasionando uma pressão intensa sobre as barras artificiais com correntes fortíssimas que arrastam as areias dos fundos, deixando os molhes sem suporte. E como se não bastasse isso a Barra Grande da Armona, que vê a sua largura reduzida em 2500 metros, viu a Aguas do Algarve assentar sobre o seu fundo os tubos de agua e saneamento básico das ilhas e que vem contribuindo para aumentar o processo de assoreamento daquela barra.
Não há um plano de dragagens ainda que esteja previsto no Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa e não é por acaso.
Na verdade as autoridades centrais, regionais e também as locais estão mais interessadas em afastar as populações autóctones da Ria para introduzir o elemento estranho, o turista, num acto de imbecilidade por não compreenderem da compatibilidade e até motivo de atracção turística que é o exercício das actividades económicas tradicionais.
O assoreamento das barras dificulta a renovação das aguas com a consequente falta de oxigénio, aumento da temperatura da agua da Ria, o efeito cumulativo da poluição das ETAR e o desaparecimento da fauna e flora marinha.
Assim constata-se do gritante abandono da Ria contra o qual todos, mas todos devem, devem mostrar a sua indignação e revolta.
Dia 24 de Novembro terá lugar uma greve geral nacional a que todos os trabalhadores públicos ou privados devem aderir, procurando concentrar-se em locais onde possam dar visibilidade à luta e mostrar o seu estado de revolta.

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