domingo, 9 de setembro de 2012

A FERRO E FOGO!

Os cortes nos rendimentos dos trabalhadores agora anunciados, são para ser levados à pratica com a execução do orçamento para 2013, ou seja para o próximo ano. Ficam no entanto reservadas novas surpresas ainda para este ano, já que PPC sempre afirmou que o défice é para ser corrigido custe o que custar, pelo que prevê-se ainda mais austeridade.
Na apresentação das contas das empresas, a taxa social aparece como um encargo com o pessoal e está indexada ao salário. Em tempos não muito longiquos, o moribundo ministro da economia a propósito dos subsídios de ferias e natal dizia que noutros países tais subsídios não eram pagos, estando já incluídos nos salários, Ora se nos outros países estava incluído, neste estava indexada a taxa social. Serve isto para dizer que a medida visa somente roubar ao trabalhador para dar ao patrão, aproveitando a boleia para cobrar mais 1,25% do que já cobrava.
Ontem, num canal de televisão, era dado como exemplo uma conhecida rede de distribuição em que tinha de encargos com o pessoal cerca de 510 milhões e que a medida anunciada representava uma poupança de 32 milhões para o cofre do patrão.
Puro engano! É que para aquela dimensão de encargos, a dita empresa teria de facturar mais de dois mil milhões, que a registar uma quebra de consumo dos 7% agora roubados aos trabalhadores, facturará menos 140 milhões e lá se vão os milhões poupados com a generosidade do governo. Claro que as contas não são assim tão simplistas, mas ainda servem para demonstrar o quanto vai abalar a depauperada economia deste país.
Com um impacto negativo na facturação, torna-se previsível o aumento do desemprego. E tal como na Grécia, para compensar a quebra nas receitas, os trabalhadores serão chamados a dar mais um dia de trabalho por semana, pouco importando o que está escrito nos contratos colectivos de trabalho, que esses são para suspender indeterminadamente, criando mais desemprego.
Certo é que, ao retirar 7% à economia e ainda que tenha algum beneficio directo disso, o governo vai arrecadar menos essa percentagem nos impostos sobre o consumo, ou seja, as contas vão sair novamente furadas, o que vai originar mais austeridade.
AUSTERIDADE EM CIMA DE AUSTERIDADE!
Será que os nossos governantes, todos eles com canudos, não sabem isso? Ou o que está em causa é uma questão puramente ideológica, de confronto entre a classe dominante minoritária e a dominada, maioritária? Neste contexto, as medidas anunciadas e algumas praticadas como o Código de Trabalho, reflectem apenas um ajuste de contas entre aquelas classes.
Não é por acaso que o nosso País tem mais efectivos e forças de segurança per capita do que outros com  economias mais desenvolvidas, como a Alemanha.
À pala do combate à criminalidade, a classe dominante tem vindo a reforçar as suas forças de choque, de combate, não para proteger o cidadão comum, que esse já se viu estar completamente desprotegido, mas para guardar as costas de quem comete os crimes contra o Povo.
Ainda agora falando com um trabalhador, no seu posto de trabalho, manifestava-me ele o receio de perder a casa, esquecendo que com a degradação das condições de trabalho , particularmente dos rendimentos, apenas está a adiar o inevitável. É com este tipo de receios que a classe dominante joga, e que por isso mesmo precisava da aprovação do Código de Trabalho, condição indispensável para criar instabilidade e insegurança nos trabalhadores.
                       ABAIXO O GOVERNO! TROIKA FORA DE PORTUGAL! 
Que a divida criada pelos políticos para beneficio de grupos empresariais ligados aos sectores financeiros, do betão e do alcatrão, seja paga por quem colheu os benefícios e esses não foram para os trabalhadores.  Enquanto o Povo trabalhador apertava o cinto, os outros enriqueciam com o apoio do governo, portanto não se achará senão justo que sejam os beneficiarios do sistema a pagar os efeitos de uma crise, provocada pela cumplicidade das partes.
                                                             NÃO PAGO!
Aos trabalhadores cabe a árdua tarefa de dar luta sem quartel, organizando-se, criando uma liderança forte, não pactuante com a canalha, saindo às ruas manifestando-se e mostrando toda a sua indignação e revolta. Se a classe dominante quer guerra, é fazer-lhe a vontade e dar-lhe o que ela precisa: paralisar o País! A greve é a ultima arma do trabalhador e deve ser utilizada em situações extremas. A situação é demasiado gravosa e não será com greves a conta-gotas que o governo cederá. Assim e dado que o governo não reconhece os direitos dos trabalhadores, faz todo o sentido desencadear uma greve geral nacional por tempo indeterminado.
Se os representantes dos trabalhadores o não fizerem devem ser afastados e substituídos. As redes sociais são um excelente meio para a sua convocação.
Vamos à LUTA!
                PELA GREVE GERAL NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO!


1 comentário:

Armando disse...

Bancários : a Força da
Razão, está nas Vossas Mãos...