Ontem fomos informados de uma atitude da Policia Marítima no mínimo incoerente. É que um produtor de ameijoas foi multado por estar a transpor ameijoas de um sitio para outro, dentro do seu viveiro.
A interdição da apanha de bivalves decretada pelo IPIMAR visa acautelar a saúde publica, evitando o seu consumo, o que até se compreende; mas parece exagerado que a interdição chegue ao extremo de impedir que os produtores procedam à transposição dos bivalves, dentro do seu próprio espaço ou, até mesmo quando apanham semente de bivalves para jogar nos espaços de produção controlada, como sejam os viveiros.
Cabe ao IPIMAR ter uma posição clara sobre o assunto que é a de saber até que ponto a transposição de bivalves está também interdita.
Por outro lado, a Policia Marítima não pode usar da dualidade de critérios, permitindo a uns e reprimindo, multando, outros. E foi exactamente isso que aconteceu, quando o Capitão de Porto deu autorização verbal , e muito bem para que alguns pudessem aproveitar a paralisação forçada nos arranjos dos viveiros e a outros os persiga, quando é certo e sabido que os veraneantes continuam a apanhar bivalves sem serem sequer advertidos.
A repressão que se abate sobre os profissionais da Ria Formosa nas diversas vertentes, aliada á péssima qualidade das águas e à falta da sua renovação, a mortandade dos bivalves, são motivos que estão na origem do abandonadas actividades tradicionais da Ria Formosa.
No meio disto, as associações representativas do sector andam de costas voltadas umas para as outras em lugar de ter uma posição conjunta e que leve as autoridades, nomeadamente o IPIMAR, a repensar o conteúdo da interdição.
Tem sido um erro constante, as associações não terem uma posição firme em relação às entidades, quando estas as confrontam com a tomada de decisões, apresentando na hora os documentos em discussão. As associações têm o direito e dever de recusar a tomada de decisão imediata sem uma consulta previa aos seus associados, ganhando assim tempo para uma analise mais cuidada daqueles documentos e das rasteiras que eles contêm. Sabemos pelo menos de uma associação que depois de ter subscrito um procedimento, acabou por contestá-lo junta da ministra da tutela e que obviamente obteve como resposta o facto de o ter subscrito. As associações devem dar uma imagem de unidade em torno dos problemas comuns e vendo a Ria Formosa como um todo.
No momento, as associações de produtores conjuntamente devem questionar o IPIMAR sobre os objectivos e condições da interdição, de tal forma que possam trabalhar nos seus viveiros mantendo porem a interdição da comercialização.
A postura da Policia Maritima é revoltante e os produtores devem manifestar a sua revolta.
PARA CRISE JÁ BASTA A QUE O GOVERNO CRIOU!
1 comentário:
è mais uma policia para lixar quem trabalha,infelizmente este é o país que temos só sabem multar quem trabalha quem rouba está quieto ó Zé...esse sr. que foi multado que se mexa porque o viveiro é propriedade privada e esses srs.só podem entrar com ordem de um juiz e que se saiba o homem só eatava a trabalhar no espaço que é dele por lei repito por Lei.........
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