sábado, 8 de setembro de 2012

GUERRA!

O Primeiro Ministro veio ontem prestar a sua declaração de guerra aos trabalhadores portugueses. Num ajuste de contas entre o capital e o trabalho, tal como prevíramos, todos os trabalhadores, públicos e privados vão ver os seus rendimentos substancialmente diminuídos, em nome de uma crise fabricada e com os objectivos quase a serem alcançados, se não for dada a justa resposta.
As medidas de austeridade anunciadas, umas após outras, não têm nem podiam resultar pela simples razão que todo o dinheiro roubado ao Povo não entra na economia, degradando o debilitado tecido económico. Como compensação, o governo patrão e dos patrões, vem onerar os trabalhadores com os descontos para a segurança social ao mesmo tempo que dá um bónus aos patrões das grandes empresas, no fundo aquelas que mais vão beneficiar com a medida decidida.
O aumento do desconto para a segurança social visa dotá-la da tão propalada sustentabilidade? Não! Visa somente o pagamento de uma divida de um Estado caloteiro, dirigido por duas famílias politicas com interesses na criação daquela divida, fosse ela para aplicar em betão, alcatrão e em ultima analise alimentar o sector financeiro.
Os trabalhadores vêem assim o seu salário liquido ainda mais reduzido depois do roubo da redução do salário real resultante da aplicação do agravamento do IVA. Ou seja os destinatarios da austeridade são sempre os mesmos: os trabalhadores.
As medidas agora anunciadas vão resolver os problemas da economia? Não! Está bom de ver que o consumo vai diminuir, afectando particularmente as micro, pequenas e medias empresas, a viver a balões de oxigénio. Não acreditando na incompetência de quem governa, porquê então estas medidas? Já todos percebemos que o discurso passa pelo incremento das exportações, porque tal medida serve para baixar os custos e logo os preços das mercadorias. Mas e o Povo? Resta-lhe sempre ma alimentação à base de arroz e farinha! É a escravatura!
Depois da aprovação do Código de Trabalho (escravo), a insegurança e a instabilidade incutida no trabalho,  a cultura do medo, farão o resto, criando as condições para a escravização do Povo. E tal como na Grécia, qualquer dia virão anunciar o aumento da carga horária.
O momento é de LUTA  em torno de um caderno reinvindicativo que espelhe quais as soluções dos trabalhadores para enfrentar a crise.
O momento é de UNIDADE de todos os trabalhadores, em torno de uma liderança forte, que não pactue com os criminosos que afundaram o País, demarcando-se de todos aqueles que querem negociar nas suas costas, sem os ouvir, promovendo a realização de plenários em todos os locais de trabalho, fomentando, participando e dando indicações precisas sobre os caminhos a percorrer. Quem tem medo dos trabalhadores?
O momento só pode ser de VITORIA sob pena de cairmos na escravatura.
O capital deixou cair a capa do desenvolvimento sustentável, alicerçado no desenvolvimento económico, social e no ambiente, assumindo decididamente a sua faceta mais selvagem.
Já aqui propusemos uma GREVE GERAL NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO e repetimos..
Sem trabalhadores, não há empresas ou Estado que funcione e por isso só os trabalhadores têm a solução para a crise. Os trabalhadores têm de perder o medo, a ultima arma do sistema. Se for caso disso devem mesmo avançar para a desobediencia civil.
LUTAR! LUTAR! LUTAR!

2 comentários:

Armando disse...

A grande Força que sustenta um bom equilíbrio financeiro está nas mãos dos competentes BANCÁrios !

The One disse...

Acabar com a hipocrisia e com a corrupção é o verdadeiro designio nacional. Enquanto a justiça teimar em funcionar de forma efectiva nada feito, pois os grandes e poderosos manterão uma impunidade inaceitável num estado de direito. Desigualdades a este nível existem em todo o lado mas em Portugal a cultura da desresponsabilização e do negar até ao fim a ver se pega (e pega...) é a regra vigente.Para ler e chorar (ou então rir...):
http://madespesapublica.blogspot.pt/