O Auditório Municipal de Olhão foi construído sob a égide do PROT Algarve, que apontava para a criação de uma rede de auditórios e bibliotecas na região, não para servir as populações residentes, mas para alavancar o sector turístico visto como o eixo estratégico pioritario para o desenvolvimento do Algarve.
A primeira questão que se coloca é desde logo a ausência de uma politica que sirva as populações locais por parte de quem tem essa função, o Poder Local. Quando o Poder Local aposta na satisfação do visitante que não da sua comunidade algo está errado.
O Auditório Municipal cujos custos iniciais estavam previstos para os cinco milhões e duzentos mil euros, largamente ultrapassados, e com uma comparticipação comunitario a de 70%, tem como lotação os 416 lugares e está dotado de um parque de estacionamento para 75 viaturas.
Lamentavelmente e com o beneplácito dos responsáveis autárquicos são precisamente os funcionários do auditório a estacionar mal as suas viaturas, quando têm ao seu dispor um espaço vedado aos outros. É óbvio que não foi por isso que o auditório se tornou num ponto de discórdia.
Logo à nascença, foi contratada para directora a mulher de um ex-titular de alto cargo publico da área do partido no Poder autárquico; o marido da actual secretaria do presidente da edilidade foi promovido a encarregado, após meia dúzia de anos de serviço quando outros esperam uma vida inteira e por aí fora.
Encarregado esse que usa a viatura do auditório como se sua fosse.
Os horários de funcionamento não foram nem são adequados à realização dos eventos normalmente programados para os fins de semana, por forma a que se efectuassem dentro do horário normal dos funcionários, antes apontando para o período de descanso semanal, o que implica automaticamente o pagamento de horas extraordinarias.
A realização de espectáculos implica um défice cronico, já que o preço dos bilhetes e tendo em conta a lotação da sala, fica muito aquém dos custos dos espectáculos.
Acresce a isso o facto de, apesar de se dizer que os espectáculos são para todos, que são os funcionários da autarquia por convite (borla) ou por conhecimento antecipado a sacar os bilhetes disponíveis.
Tudo isto sem se falar nos custos energéticos e outros.
O Auditório Municipal está assim ao serviço de autarcas que vivem do marketing politico mas que começam a perder o pé. Andam, andam e ainda perdem o pé e morrem afogados. Não foi por acaso que na ultima sessão de câmara publica, presidida por António Pina em substituição do edil mor, um elemento do publico se lhe dirigiu dizendo que aquele senhor era um doente mental com um canudo à Relvas.
Certo é que que a autarquia não tem sequer dinheiro para pagar os jornais da biblioteca, assalta os munícipes com toda a espécie de taxas mas depois vai de gastar à tripa forra com festas, festinhas, festarolas, espectáculos e comesainas.
Um dia o Povo de Olhão julgará estes crapulas e então assistiremos a um verdadeiro espectáculo, gratuito.
REVOLTEM-SE, PORRA!
1 comentário:
Gastar em festas festarolas jantaradas mas nunca na feira de São Miguel, será que nós olhanenses vamos deixar esta corja concretiar o que ambicionaram?????
http://issuu.com/postaldoalgarve/docs/postal_1088
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