sábado, 22 de setembro de 2012

OLHÃO: NEGOCIATAS POUCO CLARAS

Mais uma vez retomamos o assunto da Quinta João de Ourem, agora por outras razões, até aqui desconhecidas do grande publico.
A Quinta João de Ourem era propriedade de um cidadão estrangeiro, sendo representado por um tal Bernardes, engenheiro de profissão e com fortes ligações à Câmara Municipal de Olhão, onde trabalhou na secção de obras. Basta isso para se perceber como o Bernardes, sabia bem a avaliação a fazer de um terreno como a Quinta João de Ourem em função da sua capacidade construtiva.
Entre as duas fazes de construção, foram edificados cerca de 500 fogos, o que se fosse feita em regime de permuta renderia pelo menos 80 apartamentos para não dizer mais. Ou seja o valor daquele terreno, ainda que com preços de saldo, não deveria ser inferior a cinco milhões de euros, podendo e devendo ultrapassar os dez milhões, tal a área sobrante.
Acontece que a Quinta João de Ourem foi vendida ao Grupo Bernardino Gomes por 500.000 euros, um valor perto dos cinco por cento do valor real.
A Câmara Municipal de Olhão já tinha naquele espaço o pavilhão e estádio municipal, e bem podia, dado o baixo preço do terreno, ter exercido o direito de opção, ficando com a mesma área urbanizável para projectos de construção a custos controlados e mais de acordo com as necessidades da população olhanense e onde iria recuperar o dinheiro investido, ficava na posse das infraestruturas já construídas e sobrava-lhe terreno em quantidade mais que suficiente para um parque de feiras e exposições e ainda todo o Mato Joinal para um Parque de Campismo. Claro que a CMO não o fez porque se está borrifando para a sua população mas também e sobretudo porque isso não fazia correr o "marfim".
Ainda que o negocio efectuado tenha sido feito entre particulares, salta à vista, que das duas uma: ou ouve fuga ao fisco ou alguém recebeu dinheiro pela porta do cavalo, com a cumplicidade da autarquia que desde sempre esteve por dentro dos negócios da Bernardino Gomes em Olhão, de que são exemplos o loteamento daquela Quinta e à revelia do PDM, do Marina Village, também à revelia do PDM ou do Hotel Real Marina também ele à revelia do PDM. 
Certo é que as mais valias criadas com  a venda daquele terreno não foram tributadas com prejuízo para o erário publico e depois vêm roubar-nos com taxas e mais taxas.
Para alguns obstinados em manter este sistema que premeia os cambalachos, a corrupção, os tráficos de influencias e políticos, é normal que esta pagina seja um alvo a abater tal o incomodo que causa em certa gentinha, que não querem ser apontados a dedo, mas querem por outro lado enriquecer à custa de alguns otarios que insistem num tipo de cegueira que os levará à dome e miséria.
O Povo de Olhão apenas tem de lutar contra esta cambada que mais não faz do que assaltá-lo, aparecendo de quando em vez, como agora, concedendo a esmola de olhar pela situação dos mariscadores, quando tais factos acontecem todos os anos e nunca mexeram uma palha, para que as regras do Fundo de Compensação Salarial dos Pescadores fosse alterada. Só se lembram de Stª Barbara em dias de trovoada e porque estamos a um ano de eleições.
A situação é revoltante e o Povo de Olhão deve lutar contra aqueles que sempre os enganaram.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Inc@job disse...

Gastar em festas festarolas jantaradas mas nunca na feira de São Miguel, será que nós olhanenses vamos deixar esta corja concretiar o que ambicionaram?????

http://issuu.com/postaldoalgarve/docs/postal_1088