As manifestações de ontem mostraram toda a indignação e revolta que se apoderou de um Povo esfolado vivo por um Poder incapaz de governar para a maioria, preocupando-se apenas com uma pequena franja da população.
Entretanto, diversos dirigentes políticos nacionais com responsabilidades governativas vieram a terreiro para defender um recuo nas medidas anunciadas. Se o governo recuar, obviamente que vai procurar uma outra solução, capaz de dividir a unanimidade da contestação. É que em sede de concertação social, se o governo der um bónus aos patrões sem afectar os trabalhadores, é certo e garantido que vai obter o apoio das associações patronais, aquelas que de facto interessam ao Poder.
E como não podia deixar de ser, qualquer bónus dado a uma das partes, terá de ser compensada com o roubo à outra, prevendo-se mais medidas de austeridade numa espiral sem fim à vista, tanto mais que o primeiro-ministro já disse que a divida será paga em 20 anos, ou seja temos de suportar a austeridade durante todo esse tempo.
O Presidente da Republica convocou o conselho de Estado para a próxima sexta-feira, convidando à partida o ministro das finanças. Com a crise económica-financeira como pano de fundo, que a social é para relegar para as calandras, o Presidente da Republica vai tentar encontrar uma saída airosa para o atoleiro em que o governo meteu o País e o Povo. Só que recentes sondagens, anteriores à declaração de guerra de Pedro Passos Coelho, já davam o partido que cometeu os crimes que agora pagamos, como o melhor posicionado para vencer eventuais eleições. Certo é que, o actual quadro parlamentar já não tem correspondencia com o sentido de voto do eleitorado, pelo que ao Presidente da Republica não resta alternativa seria e valida que não seja a dissolução do parlamento, pese embora a situação do País. Será impensável manter em funções um governo entrou em rota de colisão com um Povo, porque isso seria uma forma de ditadura.
Porque todos os cenários são possíveis com esta cambada, cabe ao Povo manter a pressão pela destituição do governo, promovendo novas manifestações, evoluindo para outras formas de luta como a GREVE GERAL NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO . O Povo não suporta mais sacrifícios, sem fim à vista e tem de lutar. Esse é o seu destino!
Pelo caminho vão aparecer uns bombeiros da politica deitando agua nas chamas de uma revolta larvar procurando manter a fatia do bolo que lhes cabe, traindo os trabalhadores em particular e ao Povo em geral, fazendo crer que não há alternativa à austeridade mas incapazes de apontar o dedo a quem, como e porque gastou e endividou o Estado (todos nós) e menos ainda denunciar todos os contratos ruinosos e o confisco dos bens das partes envolvidas.
Se queremos acabar acabar com esta ladroagem, paremos o País com uma
GREVE GERAL NACIONAL POR TEMPO INDETERMINADO|
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