Hoje, um pouco por todo o País vão realizar-se manifestações de indignação e revolta contra as politicas anti-populares do governo de Pedro Passos Coelho e como não podia deixar de ser. o Olhão Livre está solidário com todas elas mas apenas podendo estar presente numa.
O que leva ao descontentamento das pessoas? Todos os pressupostos que levaram à presente crise continuam validos, não se tendo alterado nada a não ser as condições de vida do Povo. PPC ainda ontem dizia que não governava para a opinião publica esquecendo que essa é o Povo que o elegeu e agora massacrado por um incompetente primeiro-ministro.
Não foi na e pela componente social do Estado que se criou a colossal divida, mas sim pelos favorecimentos, compadrios e teia de cumplicidades que se estabeleceram, principalmente, nas relações entre Estado, o sector financeiro e o das obras publicas.
Como em tudo neste País, o Estado manda elaborar estudos, não para resolver problemas mas antes para justificá-los e neste caso se incluem as célebres rendas pagas a um conjunto de empresas do regime independentes da cor partidária que os seus manda-chuva perfilam, servindo apenas os interesses dos envolvidos, que não da população ou do Estado. E assim empenharam-nos até à medula e querem que sejam os inocentes a pagar os buracos que outros criaram.
Se tivéssemos um governo serio e honesto, um Tribunal de Contas isento e uma Procuradoria-Geral da Republica que acautelasse os interesses do Estado como lhe compete, os processos das PPP e das rendas seria investigado e denunciado por forma a que o Estado e o contribuinte não fossem chamados a passar fome para pagar uma divida mais que odiosa, injusta e feita para beneficiar apenas alguns.
Para a fixação das rendas, elabora-se um estudo que preveja, a titulo de exemplo, que numa determinada ponte passem 100.000 carros por dia, quando na realidade não passam mais de 10.000. No acto de concessão é estabelecido um compromisso de que se a ponte não atingir aquele movimento o Estado pagará X por cada carro a menos. E isto é valido tanto para pontes, estradas ou até no consumo da luz, razão pela qual na iluminação publica não é utilizada a energia solar, uma bandeira do anterior governo.
Entre socialistas, social-democratas ou centristas parece não haver qualquer diferença, uma vez que se conduzem pelos mesmos interesses ainda que por métodos diferentes.
O vídeo acima mostra exactamente a forma com se criou a tal divida colossal a que Pedro Passos Coelho não faz mossa, preferindo roubar os magros rendimentos do trabalho.
O que Pedro Passos Coelho e a restante cambada dos partidos do arco do Poder não explicam são as verdadeiras razões da falta de sustentabilidade da segurança social, justificando-se, como o fizeram ontem, com o envelhecimento da população. Quanto ao papel negativo da lei dos despedimentos, consubstanciado no Código do Trabalho, nem uma linha, quando é óbvio que a precaridade aumentou o numero de desempregados para níveis que hoje a segurança social tem dificuldade em comportar. Ao estado compete assegurar o direito ao trabalho mas mas na visão destes trogloditas da politica o que é preciso é criar grandes reservas de mão-de-obra barata, ainda que há pala do erário publico, comprometendo o futuro da segurança social. Afinal não são eles que pagam, não lhes sai do bolso!
E por isso a única solução para a divida, desta corja, é a de saquear o contribuinte, conduzindo-o à miséria e fome, misturando no mesmo saco do pagamento da divida as contribuições para a segurança social, hipotecando as reformas do futuro.
Porque não nacionalizar as PPP? Porque não põem fim às "rendas"? Porque não acabam com o proteccionismo dos sectores que afundaram o País? Porque não são responsabilizados civil, administrativa e criminalmente todos os titulares de cargos políticos envolvidos nos esquemas fraudulentos com que empenharam o País?
PORQUE HEI-DE PAGAR UMA DIVIDA QUE NÃO CRIEI? QUEM PAGA AS MINHAS? NÃO PAGO!
TODOS À MANIFESTAÇÃO DE HOJE! SAIAMOS À RUA! PROTESTEMOS! LUTEMOS!
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