A Mercados de Olhão desde Janeiro que não cobra taxas aos operadores dos mercados e muito provavelmente já não as cobrará antes das eleições. Ora se os operadores já tinham dificuldades em pagar as taxas atempadamente, o que irá acontecer quando as quiser cobrar?
Acontece que a empresa municipal, ao mesmo tempo que não as cobra a estes, pretende cobrá-las aos produtores da região que vendem ao sábado no exterior dos mercados, agravadas com IVA.
Só que se "esqueceu" de um pormenor que faz toda a diferença e que tem a ver com o Domínio Publico Marítimo, domínio esse que compreende uma faixa de terreno de 50 metros, contados a partir da linha de preia-mar de marés vivas equinociais para o interior, mesmo que esteja em espaço urbano. Para que a Câmara ou qualquer outra entidade que não seja a que detenha a jurisdição sobre a zona, é necessário que tenha havido uma desafectação ou concessão, que por sua vez deveria ter sido publicada em Diário da Republica. Na falta de publicação, a única coisa que se pode dizer, é que aquela área, é Domínio Publico Marítimo e a jurisdição é do IPTM, a entidade competente para a cobrança das taxas de ocupação do espaço publico.
E se isto é valido para os produtores que não têm de pagar as taxas solicitadas, as esplanadas também não e os parquímetros estão ilegais, ou seja, todos aqueles que neste momento estão a ser forçados a pagar as taxas exigidas, devem dizer claramente NÃO PAGAMOS!
Neste caso, a situação ainda é mais caricata por haver duas empresas municipais a reivindicar direitos sobra a cobrança das taxas do mesmo espaço, a Mercados de Olhão e a Fesnima, uma por ter a exploração dos mercados e a outra por ser a entidade exploradora dos parquímetros, sem que qualquer delas apresente a documentação da concessão do espaço, seja ela feita pelo IPTM ou pela Câmara, ou seja estão na mais completa ilegalidade, o que aliás é costume.
Qualquer cidadão que seja multado naquela zona, melhor dizendo, no lado sul da Avenida 5 de Outubro pode e deve recusar o pagamento da multa, porque a autoridade policial do Domínio Publico Marítimo ser a Policia Marítima e não a PSP, que alega não saber da titularidade do espaço mas que supõe ser da Câmara. E isto é particularmente importante para quem vista as Ilhas e que quando chegam, ou muito depois são confrontados com os avisos de multa. Os cidadãos devem habituar-se a contestar as decisões arbitrarias da autarquia e que os lesam. Já chega de serem roubados!
REVOLTEM-SE, PORRA!
2 comentários:
Essa cambada só presa,ou então amandada abaixo de cais. então não cobram a renda nos mercados, não cobram a agua na praça do peixe não cobram a electricidade, e querem cobrar taxas com iva ao montanheiros? Fogo neles é o que apetece dizer.
Também não vão cobrar a ocupação da via pública dos cafés e restaurantes durante os meses de Junho a Setembro!!!!!!!!!Eleições a quanto obrigas.......
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