domingo, 23 de fevereiro de 2014

ALGARVE: PETROLEO, RIQUEZA PARA POUCOS, MISERIA PARA MUITOS


Há uns meses atrás, começaram as pesquisas de petroleo e gaz natural na costa algarvia, levando mesmo à interdição da pesca, numa vasta area da provincia.
As decisões tomadas não foram objecto de qualquer discussão publica nem foi feita qualquer avaliação quanto aos impactos ambientais, economicos e sociais que a exploração petrolifera pode trazer para o Povo algarvio.
Como já vai sendo habito, as associações ditas defensoras do ambiente, não se pronunciaram sobre o assunto, sendo mais fácil para elas denunciar um heliporto construído pelo Povo do que os crimes que o próprio estado comete. Exemplo disso, é a Quercus que só levantou o problema da poluição na Ria Formosa depois da Águas do Algarve ter reconhecido a necessidade de fazer uma nova ETAR. Então e no Ria Arade, não existe poluição?
A primeira grande questão que se coloca neste imenso frete politico, é a de saber quais as contrapartidas para o estado português, e tanto quanto sabemos, pode-se dizer NÉPIA.
Quanto à criação de empregos para o Povo algarvio, ZERO são as perspectivas.
Sendo assim, não havendo contrapartidas económicas e sociais que o justifiquem, a exploração das concessões, torna-se contraria aos interesses do Povo português em geral e algarvio em particular.
Por alguma razão o governo português continua a não dar conhecimento dos estudos de impacto ambiental relativo ao processo, nem o numero de poços a perfurar em 2014, e essa é uma questão essencial, pelos impactos negativos que pode ter.
Existem rumores, e por enquanto não passa disso mesmo, que pretendem instalar uma plataforma a apenas 4 milhas a sul da Fuzeta, pelo que é fácil imaginar as consequencias para a pesca. Os "nuestros hermanos" pescadores ameaçam recorrer à EU como se pode ver em http://www.lasprovincias.es/v/20140214/alicante/pescadores-estudian-llevar-tribunal-20140214.html.
Também na bacia de Cadiz começaram com as tentativas de perfuração, mas chegaram à conclusão de que efectuar os disparos em zonas de placas sísmicas poderia ocorrer graves problemas. Ora a costa algarvia, padece do mesmo problema, razão mais que suficiente para a realização de Avaliação de Impacto Ambiental e tornar do conhecimento publico o Plano de Prevenção de Riscos e para que o Povo algarvio se oponha à realização de quaisquer testes.
A recem aprovada Lei de Bases do Ordenamento Marítimo, vem de alguma forma incorporar e legitimar a exploração petrolífera, contra os interesses dos pescadores da região, que muito provavelmente assistirão à morte de quantidades avultadas de peixe e reduzida as zonas de pesca, mas não só. É que a poluição atmosférica e das águas pode trazer também avultados prejuízos para o sector do turismo, degradando ainda mais o tecido social da província.
Algures escondidos no Terreiro do Paço, existem umas ratazanas, que não se importam de vender em saldo e a retalho os nossos recursos naturais, votando o Povo à fome e miséria, para enriquecer ainda mais, meia dúzia de bandidos que não vêem outra coisa que não o lucro.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

C.M - Grandes manifestações nas Baleares contra a sinistra procura de petroleo nas suas águas.