As imagens reportam o protesto da Associação de Moradores da Ilha da Culatra, a quem desde já pedimos desculpa por não termos posto o logótipo a cores como no original, relativamente ao Plano de Acção para a Valorização Hidrodinamica da Ria Formosa e Mitigação de Riscos nas Ilhas Barreira.
Tal como referimos por muitas vezes, este plano de dragagens, apesar de trazer algumas vantagens, não serve os interesses das populações residentes, bem pelo contrario, representa sim uma tentativa de assassinato daqueles que vivem nas ilhas barreira.
A primeira questão que se coloca e até hoje nunca ventilada, é de que a Barra da Armona oficialmente não existe. As barras têm de estar sinalizadas o que não acontece com esta, porque não se encontra oficializada, de tal modo que se nela houver um acidente, as seguradoras estão livres do pagamento de indemnizações, sendo certo que o assoreamento de que sofre a torna perigosa. Este aspecto nunca foi sequer equacionado pelas entidades envolvidas, seja a APA, o PNRF.
Se algumas duvidas quanto à natureza das intervenções, o simples facto de algumas dragagens estarem condicionadas à aprovação do Plano de Pormenor da Praia de Faro, mostra bem que a razão de ser das dragagens não está relacionada com a melhoria da qualidade ambiental da Ria, seja da agua ou do cordão dunar, mas tão só quanto à navegabilidade e mesmo essa, não para os profissionais da pesca mas para fins turísticos.
A degradação da qualidade ambiental da Ria, nomeadamente do cordão dunar, está associada aos molhes das barras artificiais, dos esporões, que impedem a livre circulação das areias e só poderá ser minorada através de acções regulares de dragagens, com reposição dos dragados na parte do cordão dunar a que pertencem.
Se o objectivo fosse a melhoria da qualidade das águas da Ria Formosa, a Barra da Armona teria de ser dragada de forma a repor sua largura inicial de cerca de três mil e quinhentos metros, mas o que se pretende é apenas tornar navegável um estreito canal, deslocalizando as areias para áreas a que não pertencem.
Pior ainda, quando se sabe que nem um grão de areia é utilizado para a protecção do edificado das ilhas barreira, particularmente os núcleos habitacionais da Culatra, Hangares, Farol ou da Praia de Faro, e isto porque os criminosos que têm governado e governam este País pensam jogar com o tempo para correr com todas os que lá vivem.
A pouco mais de um mês do importante equinócio de Março, altura de grandes marés em que se houver a coincidencia do preia-mar com vendaval, o risco de galgamento oceânico é acentuado e pode muito bem apanhar os habitantes a dormir, com todos os perigos que isso comporta, colocando em causa a vida das pessoas, bem se podendo dizer que estamos perante uma tentativa de assassinato premeditado.
Esta cambada de políticos que servem exclusivamente interesses económicos, e é isso que está na mira do crime que se prepara, para depois venderem espaços que é de todos nós e para usufruto publico, tornando-os coutada de quem detém o dinheiro. Não tenham ilusões de que o objectivo final, é correr com a população indígena da Ria Formosa, para nela introduzir o elemento estranho como se não fosse possível a convivência de todos.
REVOLTEM-SE, PORRA!
2 comentários:
força culatrenses,a seguir é vir ao T e tapar o cano de esgoto.
A Culatra e os Culatrenses desde á muito que vêm reindivicando melhores condições de vida para si e para quem os visita e se eventualmente por vezes têm de tomar atitudes que por vezes incomodam os politicos tanto os locais como os nacionais penso que está na altura de tomarmos medidas neste sentido. 1º A legalização de todos os nucleos Urbanos. Tantos planos e tantos estudos tantos milhões de euros gastos para continuarmos sem uma garantia de vida continua nesta ilha que nascemos.2º A ria é um bem de todos e para a preservarmos temos de a proteger em todos os aspectos, não havendo esgotos poluidores assim como actividades ilicitas e acima de tudo a proteção do cordão dunar em toda a sua extensão. 3º As actividades deviam estar ordenadas e regulamentadas e não a desordem que existe que mais não parece a forma como temos sido governados desde á muitos anos.
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