Já muito se falou do Orçamento e muito pouco se disse sobre o assunto, estando todos, mas todos os vereadores mais interessados na aprovação daquele documento, sem a preocupação de verificar os meandros que ele envolve.
Para que os nossos leitores percebam melhor o que está em jogo, damos conta da evolução da receita total do município ao longo dos anos.
Assim em:
2003- 21.806 milhões
2004- 24.015 milhões
2005- 25.903 milhões
2006- 25.943 milhões
2007- 44.886 milhões
2008- 27.725 milhões
2009- 33.404 milhões
2010- 29.688 milhões
2011-27.335 milhões
2012- 23.119 milhões
* em 2007 as receitas estão empoladas com empréstimos bancários no valor de 22.000 milhões que ainda hoje estamos a pagar.
Durante o consulado do ditador, eram apresentados orçamentos com números demasiado elevados e com grau de execução que oscilava entre os 50 e 60%.
O actual presidente, pretende agora, não estimar as receitas de forma tão empolada, aumentando o grau de execução, mas ainda assim suficientemente empoladas para dar seguimento à politica de endividamento seguida pelo antecessor.
Quando ouvimos os nossos experientes autarcas falar na redução dos orçamentos, amplamente divulgados para dar a imagem de que estão a trabalhar no bom sentido, verificamos que afinal embora não estejam a mentir, estão no mínimo a disfarçar as golpadas que preparam contra o Povo.
É que as receitas têm tendência para diminuir e só deverão aumentar através do recurso ao aumento de taxas e impostos, que vão agravar ainda mais as já depauperadas condições de vida dos munícipes. Assim, mal se compreenderá, que face aos números apresentados e que constam dos Relatórios de Gestão que o Orçamento enguiçado ultrapasse a barreira dos vinte e cinco milhões.
Tudo o que for para alem disso, é pura obra de engenharia financeira, destinada a aumentar o endividamento da autarquia, que só se justificaria, caso os dinheiros fossem aplicados na promoção do desenvolvimento social, num concelho onde as taxas de desemprego e de inserção social é das maiores do Algarve, mas todos nós sabemos qual o uso costumeiro desses dinheiros.
Alem do mais, destas receitas, e depois de retirados as despesas certas incluindo as amortizações e serviço da divida, sobra ainda o suficiente para o desenvolvimento de politicas que permitam dinamizar economicamente o concelho, bastando para isso que os autarcas deixem de servir determinados interesses e se ponham definitivamente do lado da maioria da população.
Chega de bacoradas!
POR UM CONCELHO DE PROGRESSO E BEM ESTAR
REVOLTEM-SE, PORRA!
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